Caixa de Pandora

domingo, 29 de novembro de 2009

Mapa Conceitual 2 em processo (terceira fase)


O Mapa Conceitual não para de crescer....
Agora foram adicionados hiperlinks para os museus, fundações, e vídeos, e um pequeno trecho de um texto que tem relação com as imagens por mim escolhidas para compor o Mapa:

"[…] amo os grandes rios, pois são profundos como a alma do homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como os sofrimentos dos homens. Amo ainda mais uma coisa de nossos grandes rios: a eternidade. Sim, rio é uma palavra mágica para conjugar a eternidade.”
Guimarães Rosa em “A terceira Margem do Rio”


Acredito que serve para unir as pontas dessas imagens numa reflexão sobre a finitude da vida, a eternidade, a água... Pensamentos soltos... Por hora não fazem muito sentido...

sábado, 28 de novembro de 2009

reflexão: novembro 2009


Já nem sei se posso chamar de balanço mensal das atividades de Artes Visuais.
Muitas vezes esqueço de fazer essa parada para pensar, refletir, analisar e, principalmente, organizar e escrever o que andei fazendo durante o mês.
Penso que esse atropelo se deva em parte ao fato de estarmos muito ocupadas realizando as leituras e as atividades de pintura, fotografia, animações, pesquisa, mapas conceituais...
Não sei dizer o que foi mais difícil nesse mês, se o domínio do photoshop ou a oficina de acesso à informação realizada na escola com meus alunos.
Na verdade sei, mas não quero admitir.
É muito mais difícil lidar com os seres humanos do que com a tecnologia.
A tecnologia depende somente de ti, do quanto tu te dedica a aprender a utilizar determinada ferramenta ou linguagem, já o ser humano...
São muitas pessoas envolvidas, e nem sempre as coisas dependem de nós para funcionar... a escola, a direção, os professores, a boa vontade, os prazos...
Claro que no final deu tudo certo, mas que foi um estresse desnecessário, isso foi.
Creio que algumas pessoas sairam um pouco magoadas do processo, mais por falta de maturidade do que de competência.
Depois de muito tempo no magistério, aprendemos que temos que ter "jogo de cintura", flexibilidade, para podermos levar adiante qualquer projeto...
Muitas coisas boas surgiram nesse período:
- a visita à Bienal do Mercosul;
- o reencontro com colegas, tutores e professores;
- o aprendizado dos GIF;
- a blogagem coletiva;
- o mapa conceitual;
- a pintura;
Enfim, foram mais prazeres do que desprazeres...
Agora já estamos nos preparando para o recesso de final de ano...
A menos de um mês do recesso, não dá para se estressar...
Que venham as festas! O resto não tem pressa...
Abraços a todos,
Sônia Maris



sexta-feira, 27 de novembro de 2009

GIF


Image Hosted by ImageShack.us



Essa semana estava as voltas com um desafio: fazer um GIF animado para a disciplina de Arte e Teconolgia Digital I.
Fiz várias imagens e várias animações. Nenhuma que eu tenha gostado. Algumas vezes o problema estava na poluição visual, outras no tempo de exposição de cada imagem.
Finalmente, quando menos espero,ja estava desistindo, "voilá!" Consegui.
O legal é que foi uma dica de um aluno meu do 3º ano do Ensino Médio, monitor de informática na escola, que me deu um caminho altermativo.
Claro que não ficou uma obra prima, mas ficou bem interessante...
O lado irônico é que as imagens representam uma caricatura do que seria a "evolução darwiniana", dos nossos ancestrais mais longínquos até chegarmos ao HOJE...
Eu gostei, mas claro que sou suspeita.
Não tenho certeza se vai aparecer a animação dentro do blog interno. Sei que no blog externo tem que ter um link para um site que hospeda a imagem. Eu estou usando o ImageShack. Acho um recurso interessante.

Abraços a todos que tentaram ajudar e muito sucesso aqueles que ainda tentam terminar a animação.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tempo..tempo...tempo...



“Tempo...tempo...tempo”

Começo minha pequena reflexão citando um trecho de uma música de Caetano Veloso, “Oração ao Tempo”, por que creio que é isso que está nos faltando tempo.

Falta-nos tempo para ler, ver, ouvir, sentir e refletir...Estamos vivendo uma época em que tudo passa de forma muito veloz e não estamos nos dando tempo para apreciar e pensar sobre as coisas que nos rodeiam...

Tudo nos chega muito rapidamente. É a era da informação e da velocidade... Mal digerimos uma informação e vem outra, mais arrasadora e instigante que a anterior. É um excesso de tudo: imagens, sons, textos... Não nos damos o devido tempo para a sedimentação das informações e já saímos opinando e, de certa forma, somos até estimulados a ter essa opinião, sobre tudo, sem pensar, falando compulsivamente... E, no meu humilde ponto de vista, algumas coisas precisam de um tempo e um certo distanciamento para poderem ser compreendidas.

Segundo Baudrillard, “Não estamos mais no drama da alienação, estamos no êxtase da comunicação. Alienante, o universo particular certamente o era, já que ele nos separava dos outros, mas ele recolhia também o benefício simbólico da alienação, ou seja, de que a alteridade pode atuar para o melhor e para o pior.”
Volto a insistir, não estamos nos dando tempo para que as informações apreendidas se sedimentem e se transformem em conhecimento.

Penso na Bienal... Precisamos desse tempo... para ver, rever, pensar, refletir e compreender melhor tudo o que vimos e, principalmente, sentimos.

Penso especificamente no Seminário Integrador... Ele é o único espaço dentro do curso que nos permite esse tempo, que nos propicia uma construção ao longo do semestre, sem pressa, devagar, construída aos poucos, de forma integrada, dialogando com as outras disciplinas, dialogando com o grupo...

domingo, 22 de novembro de 2009

Projetáveis: fórum com profª Umbelina




Os comentários da professora Umbelina são sempre enriquecedores e devemos parar e pensar a cada um deles, tentando fruir esse saber e fazer conexões com o que nós achamos que sabemos ... ou não sabemos. São em momentos como esse, principalmente, que percebo o quanto estamos perdendo por não estarmos fazendo o curso no formato presencial e sim no formato a distância... Quão rico seria esse contato mais direto e mais frequente com a professora... Não adianta se queixar, aproveitemos o que temos.
O comentário abaixo foi feito a partir do fórum "Momento de troca e apreciação" sobre o comentário da colega Rose:

"Muito apropriada a sua coleta Roseli sobre a leitura da obra e a relação com a apreciação de uma obra de arte conjugada por olhares diferenciados.
Talvez esta seja uma das questões que são pequenas chavezinhas de acesso a arte: a legitimidade dos lugares externos à obra e que passam a constituí-la ampliando o seu raio de ação no espaço e no tempo.
E com esta chave podemos começar a nossa conversa sobre a arte que foi vista/não vista na Bienal sem implicar valores absolutos de verdade, mas simplesmente tentando encontrar os distintos lugares de onde cada um viu ou vê a arte.
Alguns lugares, verificaremos que são privilegiados, pois vão possibilitar algumas visões amplas, outros, talvez só tenham visto através de uma fresta ou mesmo de um "buraco de fechadura", mas também será muito significativo, pois poderemos apreender a utilizar o olhar tal como uma câmera fotográfica, afinal não temos sido classificados pela modernidade como uma mistura de "máquinas e homens"?.
Certamente teremos também quem, definitivamente, decidiu ficar de costas para as obras, e, deste modo, negar qualquer possibilidade construtiva que essas tenham provocado na sua percepção, mas, também não foi Platão, no mito da caverna que localizou os homens amarrados de costas para a luz da "entrada da caverna" e de frente para a "fundo da caverna" onde se rebatiam as sombras lá de fora, construindo com esta percepção o fundamento da busca pelo conhecimento implementada na filosofia ocidental ?
Alguns poderão dizer: ora, quem se negou a ver também pode participar da discussão? É claro que sim, pois a recusa também é uma escolha e esta escolha sendo declarada poderá ser o nosso contraponto.
Bem vamos ver de onde cada um olhou ou que "óculos" cada um levou para a Bienal."
Ver no contexto:
http://moodle.regesd.tche.br/mod/forum/discuss.php?d=16655#unread

sábado, 21 de novembro de 2009

Mapa Conceitual 2 em processo

O Mapa do professor-pesquisador-curador está tomando forma, isso vocês já sabem...

19/11: Falta incluir: links (Fundação Ibere Camargo, MARGS, Bienal do Mercosul, YouTube, site do filme), justificativa das escolhas, uma obra que se contraponha (desconstrua) a obra tradicional, texto final, correção ortográfica... correção gráfica (alguns recursos estão desalinhados)

20/11: Hoje aprendi a inserir hiperlinks...que beleza! Um colega de escola, Ronaldo, gentilmente me mostrou o caminho das pedras...Saberes compartilhados, tudo de bom... Facilita a vida de todos...Com esse recurso mapa não fica tão pesado e as informações estão ali... a mão para acessar.


21/11: Hoje, depois da prova de Acesso à Informação, aproveitei a presença da professora Umbelina na UFRGS e pedi que ela olhasse meu mapa. Ela deu umas dicas precisosas sobre a confecção do Mapa Conceitual.

1)Ao invés de postar o vídeo, postar somente os links... motivo: pesa menos no Mapa Final.
2) Esse Mapa vai ser construído até o final do semestre, onde aos poucos vamos inserir outros elementos...


Gurias, compartilho as dicas...
Bom trabalho a todas nós,
Sônia Maris

Pintura à óleo: tema livre

A princípio minha tela a óleo teria o nome de "Arrastão", tendo em vista o que parece estar retratado na pintura...Mas, se pararmos um pouco para pensar, podemos ver que um dos barqueiros está em pé sem nenhum sinal de "estar pescando"... Além disso, num arrastão é necessário uma rede de pesca... Onde ela está?
Isso me leva a pensar a que essa imagem remete... Caronte!!!!
Sim, exatamente isso que você está pensando, Caronte, o barqueiro que levava as almas através do rio Aqueronte para seu destino no Inferno, em troca de uma moeda colocada sob a língua do cadáver... Diz a lenda que aqueles que não pudessem pagar pela travessia ficariam nas margens do rio para toda a eternidade... Digamos que Caronte era uma "pescador de almas"...
Isso tudo está descrito na "Divina Comédia" de Dante Alighieri... Recomendo a leitura.
Há, inclusive, belas ilustrações de Gustave Doré para deliciar seus olhos.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sábado na Bienal


Oi, pessoal!

Foi sensacional a visita a 7ª Bienal do Mercosul. Além de podermos apreciar o que se esta fazendo em termos de artes ultimamente, ainda tivemos a bela surpresa de conhecermos pessoalmente algumas das tutoras com quem falamos virtualmente: a Vau, a Adriana Daccache, a Regina, o Rodrigo Núñez... Todos uns queridos, muito atenciosos e pacientes com nossas perguntas. Além disso, tivemos o prazer de usufruir o conhecimento e a companhia de nossa profª Umbelina durante todo o dia, com observações a respeito das obras que enriqueceram muito nossa visita à Bienal.


Fui em todas as Bienais e a cada ano parece que ela perde algo... ou nós é que perdemos.
Lembro que a primeira, em 1997, tinha uma temática mais histórica. Pareceu-me ser a maior mostra de artes da América Latina que eu já tinha visto até então. As obras foram espalhadas por muitos espaços além do MARGS. Espaços como o da ULBRA (antiga Mesbla), APLUB, DC Navegantes, Reitoria da UFRGS, Gasômetro, DPREC, entre outros... Nessa 1ª Bienal, nossa CRE investiu e proporcionou que todos os professores das áreas de Comunicação e de História passassem o dia visitando a Bienal, com transporte nos pegando na porta da escola. Essa Bienal criou uma grande expectativa para os anos seguintes, o que não se concretizou...


Depois dessa, a impressão que eu tenho é que os espaços foram diminuindo, e os artistas foram partindo para outros espaços...Tanto que temos, creio que desde a última edição, a Bienal B, com artistas locais... Bem legal de se visitar...São muitos estúdios, galerias, bares... É só ficar atento, que encontra.


Claro, que sempre tem algo interessante para se ver, como, por exemplo, o ano que trouxeram obras de Picasso e dos cubistas, ou no ano que instalaram contêineres na beira do Guaíba (para quem achou quente o sábado no Cais do Porto, não imagina o calorão dentro daqueles contêineres), o ano que as esculturas invadiram todos os espaços, públicos inclusive. Acho que foi em 2001, que trouxeram obras de Diego Rivera, no MARGS, para a Bienal. Isso foi realmente muito emocionante de se ver. Pelo que soube essas obras nunca tinham saído do México. O retrato da Frida Kahlo ou do atelier do artista são inesquecíveis.

Quem não vai à Bienal sempre perde alguma coisa... Cultura, informação, arte, convívio, troca... Como disse o Rodrigo Núñez, nosso tutor querido, “é uma experiência mais para sentir do que para explicar”. Ainda dá tempo de ir à Bienal desse ano...Senão, só daqui a dois anos.


Abraços, Sônia Maris


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Projetáveis na Bienal do Mercosul

"Google Safari powered by Google"
" Fake Action Truth"


"Atrás da porta"







“Global Safari powered by Google™”, 2009, Vídeo (12’ 19’’),Wellington Cançado & Renata Márquez, Brasil

“Fake Action Truth” , 2009, Vídeo (5’50”), Ruan Huang, China

“Atrás da Porta: uma topologia dos espaços inacessíveis”, 2009, Instalação, Fernando Pião, Brasil

A primeira obra escolhida é um vídeo que faz um tour virtual por algumas regiões do globo terrestre, numa aproximação de 10 em 10 vezes de distanciamento vertical, através do programa Google Earth. Nesse espaço capturado através do satélite podemos ver as cidades de Chicago, Belo Horizonte, Dubai, Cidade do México, Istambul, Pequim, Paris, Moscou, Londres e Tóquio. Há uma variação de qualidade de imagens, devido ao distanciamento do satélite de alguns pontos acessados. Em algumas cidades, quando a imagem é muito próxima chegamos ao que é chamado de espaço miopia.

A segunda obra escolhida, também um vídeo, mostra dois homens, com vestimentas estereotipadas, numa luta em que a violência é simulada. Imagem e som se contradizem e colocam a ação em suspensão temporária. A ação se encaminha para um desfecho trágico e a expectativa é quebrada com a união dos seres envolvidos, numa revelação de proximidade, afeto, carinho. Mentira, ação, verdade. O cenário é mínimo, quase teatral. A câmera que acompanha a ação tem momentos de black-out, talvez intencional, pois esse recurso é muito usado no cinema e no teatro para criar um efeito de corte, interrupção, passagem de tempo...

A última obra escolhida, não menos importante, é uma instalação, em que várias câmeras de vigilância foram instaladas em lugares inacessíveis do prédio, literalmente, por trás das portas. Vãos de elevadores, tapumes, forros, sistema de ar condicionado, fiação elétrica, dutos de ventilação. Lugares que não são vistos pelo público, lugares escuros, sem movimento aparente, onde o tempo parece não passar. São os bastidores da ação. Tudo acontece do lado de fora. O espaço interno está lá, mas ninguém vê. Ninguém se dá conta de que ele existe e faz funcionar o lado de fora. Paradoxal.

Penso nas três obras selecionadas como sendo parte de uma grande rede, fragmentada, em que as imagens se completam e se excluem ao mesmo tempo. Os lugares que não costumamos olhar, que ficam a espreita, nos vigiando, atrás da porta. Espaços interditados. O que está à sombra, escondido? Paisagens incomuns, estranhas, desconhecidas se mesclam a lugares comuns. O longe parece perto, o perto parece longe. Falo de distâncias físicas, sociais, psicológicas, políticas, econômicas... Falo da miopia social que, por absurdo que possa parecer, é cada vez maior. Falo dos preconceitos e da falta de respeito pelo que é diferente ou desconhecido. O mundo, dividido, fragmentado, em pixels, em países, em idiomas, em religiões, em etnias, em tensão constante. Tudo está acessível aos olhos, mas o que vemos nem sempre é o real, fake action truth. Nossa visão se altera, depende de lentes mais potentes para que possamos enxergar o macro e o micro. O que pensamos que vemos é simulação. Fantasia e realidade se misturam. Som e imagem se contradizem e ao mesmo tempo se completam. Paradoxo completo. As ações se encaminham para um desfecho trágico e um rompimento da ação nos leva a outro tempo/lugar. “Nenhum olhar é neutro, muito menos o olhar dos satélites, de miopias politicamente reguláveis”. Afeto, carinho, verdade, mentira, ficção, fantasia, preconceito, diferença, respeito, direitos, oriente, ocidente, dominação, submissão, controle, vigilância... O que é real? O que é simulação? Somos todos míopes?

Tema fotográfico




Penso que meu tema é o oceano. Ele me faz pensar, refletir, sonhar...Delirar.
Essa foto em questão foi feita na junção entre o mar (oceano Atlântico) e a barra da lagoa em Imbé, no Rio Tramandaí. Um lugar muito bom para fotografar devido ao grande fluxo de barcos, a grande variedade de pássaros e aos pescadores que passam o dia todo por ali.
Usei como editor de imagens o Picasa, não o Photoshop, como foi sugerido, por possuí-lo na versão integral. Fiz algumas experiências com cortes, saturação de cor, brilho, sombras, nitidez... e o resultado foi esse que vocês podem ver.
Penso que essa escolha do tema, deve-se a questões ainda não bem entendidas que vêm da infância talvez, como disse a professora Umbelina, “talvez questões ancestrais...”. Vai saber...
O fato é que, dando uma olhada atenta aos meus álbuns de fotos e, inclusive, nas minhas pinturas, ele está lá em toda a sua vastidão. Não é uma questão numérica, é uma questão de foco. Varia a hora, o movimento, a cor, mas é o mar...Ou melhor, o oceano. Sempre acabo incluindo alguma coisa relacionada ao mar em meus trabalhos, uma gaivota, um barco encalhado, um trapiche abandonado, um casebre a beira mar...Gosto, particularmente, da junção entre o oceano e o rio, próximo à barra da lagoa... Penso que as águas do oceano, assim como eu, estão sempre em movimento, nunca são iguais, seus humores variam ao sabor dos ventos, da lua e das marés.
Não sei ainda como desenvolver esse tema... Penso que a fotografia ou a pintura possam ser um caminho...Talvez não seja propriamente o mar, mas a água... A água como fonte de vida, como manancial... Água em todos os seus estados: líquido, sólido, gasoso....Não tenho muita certeza...
Muito artistas, de várias épocas já retrataram a água, os rios, o mar, o oceano, em diferentes estilos. Dos clássicos aos modernos. Lembro de Claude Monet, com sua telas onde a água, fosse no mar ou no laguinho de sua casa (hoje Museu) era uma constante, com seus reflexos multicoloridos, as vezes esfumaçados, como uma névoa...
Penso nas “marinhas”...obras que tem com tema o mar, as embarcações, os pássaros...
Lembro de vários filmes e livros que utilizaram o mar/oceano como cenário e algumas vezes até como “personagem”. Na minha infância lembro de ter ficado muito impressionada com a leitura de “Vinte mil léguas submarinas” do Julio Verne, e depois, já adolescente foi a vez de “Velho e o Mar” de Ernest Hemingway. Penso que o mar, nos dois livros citados, era personagem das histórias. Ele tinha vida própria e interferia nos acontecimentos de uma forma espantosa.
No cinema, o último filme que lembro da referência clara ao mar, não era propriamente, visual, mas uma sensação, pois o personagem principal de “Mar adentro”, vivido por Javier Barden, ficou tetraplégico e seu único desejo era “ver” o mar antes de “morrer”. Interessante observar como ele sentia o mar, seu gosto, ouvia seu som... mesmo estando muito longe do oceano. Havia, neste caso, é claro, uma metáfora com a morte e a questão da liberdade da sua condição debilitante.
Como é difícil elaborar uma explicação, uma justificativa de algo que, em geral, fazemos sem pensar muito. Quem de nós para e pensa: “vou fotografar isso e aquilo, por esse ou aquele motivo”? Vamos fotografando ou pintando e pensando depois, ou ao menos, se é feito algum tipo de reflexão, ela é posterior, a partir das imagens obtidas, a partir do resultado, da impressão que ficou da obra depois de acabada. Ou quem sabe, nossa escolha se dá de forma inconsciente, a tal ponto que não nos damos conta dessas escolhas. Não sei ainda. Estou pensando... E isso pode levar tempo, pois me parece que alguns artistas levaram anos para descobrir o que os motivava, ou pelo menos para externar tal motivação, tal escolha. Como já disse, tenho mais dúvidas do que certezas quanto ao tema... Penso nele como um caminho, um começo, um “rio” (a água novamente) a seguir seu curso, em alguns trechos lentamente, em outros bem rápido, às vezes se precipitando devido a algum declive... Lembro de uma música clássica que me dava essa sensação... De quem era mesmo? Em processo...

domingo, 15 de novembro de 2009

Professor Pesquisador Curador Mapa (quase pronto)

Esse mapa conceitual está ficando muito pesado...
Como posso resolver esse problema?
Já diminui as imagens... Usei fontes simples, só uma cor para fundo...
Que mais eu posso fazer?

"Touch" Janine Antoni




"Em seu vídeo Touch (2002), Janine Antoni propõe uma reflexão sobre a ideia do limite e sobre o equilíbrio entre situações paradoxais, quando caminha ao mesmo tempo sobre a corda bamba e sobre a linha do horizonte (de uma paisagem de sua Bahamas natal). Sobre a possibilidade de transitar nesse espaço impossível, entre real e ficcional, estabelece: \"Queria caminhar sobre a linha de minha visão, ou sobre a beira de minha imaginação. [...] Por fora, a natureza desenvolve-se, inconsciente de minha luta.\"
Disponível em http://www.bienalmercosul.art.br/7bienalmercosul/pt-br/janine-antoni

"Limite" de Mário Peixoto



Limite na 7ª Bienal
O magistral filme Limite (1931), dirigido por Mário Peixoto (1908-1992), em seus escassos 22 anos de idade, é um ícone do cinema brasileiro. Durante os 120 minutos de duração, o primeiro e último filme do autor desenvolve uma liberdade poética única, que independentemente de toda possível narrativa linear, dá conta do encontro, do choque, e da tensão que se sucedem entre o homem e sua paisagem, seu tempo e seu universo. De grande riqueza visual, o filme se distancia da austeridade presente nas outras obras da exposição, mas é, de qualquer forma, um exemplo perfeito do radicalismo e integridade de um grande artista, mestre da invenção e da liberdade criativa, que não cedeu aos mandados comerciais ou às pressões do contexto. Quando não encontrou as condições para a realização de seu segundo filme Onde a Terra Acaba, desistiu do empreendimento e dedicou-se inteiramente à escrita, desde sua casa em Ilha Grande.

Disponível em http://www.bienalmercosul.art.br/7bienalmercosul/pt-br/mario-peixoto


Professor Pesquisador Curador na Bienal do Mercosul

Touch (tocar, toque, tato), 2002
Janine Antoni (Bahamas, 1964)



Penso que o professor-pesquisador-curador deve, antes de tudo, ser um grande motivador cultural. Uma pessoa que goste de gente, de troca, de aprender, de ensinar, de arte, do planeta, das relações intra e interpessoais, da partilha de saberes e de sentimentos, da descoberta, das revelações que nos surpreendem a cada instante, da vida...Um ser humano que vive e convive em sintonia com o seu tempo, sem perder de foco com as questões desse tempo, da evolução, das transformações históricas, sociais, culturais, éticas e estéticas...Relacionando o hoje, com o ontem e o amanhã. Ajudando a construir as pontes necessárias para que as obras possam ser geradoras de sentidos que levem não apenas ao aprendizado, mas a apreciação e a produção de arte.



O que revelemos ou escondemos com nossas escolhas, com nosso recorte de determinadas obras, artistas, textos, objetos, ideias? Revelamos o que somos, gostamos, pensamos ou aquilo que nos amedronta? Essas são perguntas que ainda não consigo responder... Porém, penso que essas escolhas, de certa forma, vão deixando pistas pelo caminho, marcas daquilo que pensamos, daquilo que somos... Como serão lidas essas marcas é outra questão. Fazendo uma analogia, comparo essa sensação de revelação, ou não, com dois termos muito comuns na área da literatura: “pressuposto” e “implícito”. Embora parece, não são a mesma coisa. Um é uma hipótese, uma conjectura, uma suposição, não há nada que comprove que aquilo que pensamos, lemos, vemos, ouvimos “é” de fato. O outro está ali, escondido, mas deixando pistas, marcas de sua presença indelével, mesmo que não seja visível, que não esteja expresso claramente, está ali, subentendido.



Ser professor-pesquisador-curador, para mim, é um pouco isso, mostrar e esconder o que pensamos, o que desejamos, o que nos move, o que nos amedronta... De que forma? Através da linguagem... da linguagem visual, tátil, sonora, olfativa, verbal... Em um processo de comunicação...de relação do “eu” com o “outro”, com o mundo... Nas sábias palavras de Augusto Boal, no texto Stop: cest magiquet, de 1980, disponível nas Fichas Práticas da 7ª Bienal do Mercosul – Grito e Escuta: “Ensinando-se, aprende-se. A pedagogia é transitiva. Ou não é pedagogia!”






sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Pintura à óleo


Cada um com suas preferências... Eu gosto muito de pintar com tinta óleo.


Vamos lá então, chega de conversa e mãos a obra...


Tela feita para a aula de Arte e Processo.


Espero que gostem...ou não.





segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Professor Pesquisador Curador Mapa incial em processo


Perceberam as mudanças?
Está longe da perfeição mas creio que já melhorou muito.




A técnica é "tentativa e erro" o resultado inicial é este.




Eis o mapa conceitual em processo...


Faltam adicionar os links, as definições e as justificativas...


Fiquei muito tempo tentando dominar a ferramenta (CMaps Tools) e não houve tempo para a parte do conteúdo...



Esse é meu segundo Mapa Conceitual e como eu já disse, está em processo de construção...








CMap Tools (manual)

Essa dica vai para os meus colegas que estão quebrando a cabeça com o CMap Tools.
O Manual baixo é bem fácil de entender e foi elaborado pela PUC de Minas Gerais.
Segue o link do site http://www.scribd.com/doc/2620257/Manual-do-CmapTools-Parte-1#

Bom trabalho a todos

Guimarães Rosa


"Porque a cabeça da gente é uma só,
e as coisas que há e que estão para haver
são demais de muitas, muito maiores
diferentes, e a gente tem de necessitar de
aumentar a cabeça para o total. "
Guimarães Rosa

sábado, 7 de novembro de 2009

CMaps Tools


Minha primeira experiência com a confecção de um Mapa Conceitual no programa indicado pela professora Umbelina, do Seminário Integrador I e II.



Está em processo...mas já dá para ter uma ideia das possiblidades.


Esse programa é bem complexo, tem muitos recursos, mas bem gostoso de utilizar.
Deixo o link para quem quiser experimentar
http://cmap.ihmc.us/conceptmap.html

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

arte "quase" digital


Experiência digital abstrata
Esse exercício tinha como objetivo verificar as variações de tamanho dos arquivos de imagens (desnhos) digitais salvos nos diferentes formatos bitmap, JPEG, TIFF... Acabei postando o desenho abstrato que fiz para o exercício. Até que ficou interessante!

reflexão: flexibilidade




Hoje é meu aniversário e estou aqui fazendo os trabalhos do curso de artes visuais.
Foi uma opção minha fazer esse curso. Não faço ele por obrigação. Não tenho nenhuma pretensão que não seja usufruir esse curso por prazer. Sabia das dificuldades de tempo que eu teria, até por já ter cursado outra graduação. O que não sabia é que algumas professoras seriam tão inflexíveis com relação aos prazos. Imaginei na minha tola cabecinha que as mesmas, por estarem lidando com professores, que já atuam em sala de aula com jornadas que variam de 20 a 60 horas, e que utilizam os finais de semana e as madrugadas para a realização das leituras e da realização das atividades, teriam alguma flexibilidade com relação aos prazos. Será que a solicitação de que as tarefas tenham como prazo final de entrega o final de semana, domingo a meia-noite, vai alterar muito o cronograma de atividades das professoras-tutoras?
Somos responsáveis pelas escolhas que fazemos e quando priorizamos determinadas atividades não significa que desprezamos outras. Significa apenas que aquela atividade era a possível de se fazer naquele momento.
Teoricamente, somos incentivadas em disciplinas como Filosofia da Educação ou no Seminário Integrador a pensarmos sempre na realidade de nossos alunos e avaliarmos sempre levando em consideração o contexto e as diferentes realidades em que os mesmos estão inseridos, não fazendo cobranças impossíveis de serem cumpridas. Mas quando nós somos os alunos, nossos mestres, doutores, têm esse mesmo olhar sobre nós? Também somos estimuladas a questinarmos o que julgamos injusto. Penso que dizer que "perdemos tempo reclamando" é injusto e até indigno de se ouvir. Todas sabemos do que reclamamos e o que é uma reivindicação justa.
Ouvimos reclamações todos os dias em nossas salas de aula e muitas vezes essas reclamações de nossos alunos servem de orientação para que ajustemos nossas atividades para que sejam mais produtivas.
Peço desculpas, se por acaso esse meu desbafo ofender alguém, mas creio que como foi dito em algum dos fóruns de Artes Visuais: esse não deve ser o espaço de "mentiras" mas o espaço de trocas e de aprendizado e de crescimento para todos nós, alunos, professores e tutores.
Afinal de contas, como disse certa vez a professora Umbelina, a EAD em Artes Visuais na UFRGS é uma experiência nova para todos nós. E como uma experiência nova pode e deve sofrer ajustes para que funcione sempre cada vez melhor.
Abraços, Sônia Maris

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Blog Coletivo


Muito boa a atividade de criação de um blog coletivo.
Esse trabalho nos dá a chance de realizarmos algo em grupos e ainda por cima nos deixa livres para escolhermos um tema de nosso interesse.
As autoras do blog são Meire Deloair, Neusa Vinhas, Robianca Munaretti e Sônia Maris.
Nosso blog está em processo, sendo construído aos poucos, com a contibuição valorosa de todas as autoras. Falta muito ainda para a postagem final da "tarefa", mas já dá para ter uma ideia de como vai ficar.
Quem quiser dar uma olhadinha em como está ficando bacana vai o endereço:
http://imagemereflexao.blogspot.com/

Têmpera a ovo 2


Desta vez o desafio foi pintar com a técnica da têmpera a ovo um ambiente do qual gostamos.
Tive alguns probleminhas com relação a pintura das paredes, pois eram brancas...tive que improvisar para dar uma cara de sombreada... Espero que tenha ficado de bom.