O artigo "A escola como espaço sociocultural", do professor do Núcleo de Estudos de Educação, Cultura e Sociedade da FaE-UeFMG, Juarez Dayrell, que faz parte do livro Multiplos Olhares sobre Educação e Cultura, de 1996, traz para discussão um tema que nos é muito caro: a educação.
Caixa de Pandora
terça-feira, 29 de junho de 2010
A escola como espaço sociocultural (em processo 1)
O artigo "A escola como espaço sociocultural", do professor do Núcleo de Estudos de Educação, Cultura e Sociedade da FaE-UeFMG, Juarez Dayrell, que faz parte do livro Multiplos Olhares sobre Educação e Cultura, de 1996, traz para discussão um tema que nos é muito caro: a educação.
domingo, 27 de junho de 2010
Objeto de Aprendizagem (em processo 2)
Olá, pessoal!
A princípio pode parecer loucura, mas estou tentando compreender o Objeto de Aprendizagem. Até o presente momento estava na pesquisa, são muitas informações e caminhos possíveis a seguir... Temos muito material disponível para ser (re)utilizado através dos espaços que nos disponibilizaram (CINTED, RIVED...).
A questão que eu coloco nesse momento é como selecionar o que utilizar adequando ao nosso aluno, a sua faixa etária, aos desejos apreendidos pelas suas narrativas, ao período pretendido a se trabalhar (arte contemporânea)? Pensei em como disponibilizar/propor tudo isso, sem que se perca o foco?
Pensei na provocação da professora Umbelina "O que vamos rebater, tecer, articular, indicar, apontar, desequilibrar, enfatizar, ordenar e enfim liberar na construção de um objeto de aprendizagem orientado para um futuro por ser tecido pelo presente?"
E foi a partir dessa fala e das colegas Neusa "se as mídias estão presentes na dinâmica sociedade que estamos inseridos...esta abordagem realmente deve merecer nossa reflexão e além disso nosso "preparo" como mediadores) e Lisiane Berti "Não podemos fugir dos objetos da contemporaneidade. O cinema, a música, a televisão, a internet e todas as inovações quase diárias" que cheguei a seguinte questão:
Por que não articular todo esse material através do que os alunos mais gostam de fazer na atualidade: usar as tecnologias de informação (orkut, MSN, YouTube, facebook, games, blogs)? Isso mesmo, usar a internet como fonte de pesquisa e construção do conhecimento em Artes Visuais. Para isso, pensei em (re)organizar um dos meus blogs (Projeto Ler é Arte). Já havia um começo de articulação entre as diferentes Artes nesse espaço, porém ainda sem um foco muito definido. Penso que agora, explicitando o seu uso como Objeto de Aprendizagem, ele possa crescer e auxiliar na construção do aprendizado em Artes Visuais. Uma das vantagem que vejo no uso desse espaço como Objeto de Aprendizagem é a comunicação direta, os alunos podem criar seus próprios espaços a partir dali, criando uma rede de blogs que dialogam sobre a Arte.
O melhor de tudo isso é que o blog pode ser além de muito prazeroso e divertido uma fonte de informação riquíssima com links, fotos, vídeos, tutoriais, dicas diversas, fóruns, fotografias, desenhos... Um espaço aberto, que ao mesmo tempo que está ancorado no presente, é uma possibilidade para o futuro e pode ir se atualizando constantemente.
A ideia está amadurecendo... Gostaria de saber se é possível e de sugestões. Podem acessar o blog e até criticar, sugerir, coolaborar... http://projetolerearte.blogspot.com/
Comentário da Profª Umbelina:
"Olá, Sonia Maris!
O caminho é esse e tua compreensão está correta, inclusive muitos professores se utilizam de espaços semelhantes para construir um "microuniverso" que possa corresponder a necessidade de ampliação do professor, que está constantemente a ser gerada pelas expectativas de seus alunos.
Considero que a tua organização/coleção corresponde ao que se esperaria de uma "biblioteca" de um professor muito aplicado e que sabe que precisa sempre pesquisar e inovar.
Sugiro que continues a tua elaboração, pois ela certamente será a geradora de um excelente Trabalho de Conclusão de Curso, entretanto, o que estamos trabalhando agora é um pequeno "recorte" disso, mas, talvez já seja interessante que possa funcionar como uma célula deste "microuniverso" que estás criando.
Então, com o título "Ler é arte" faça uma escolha que seja significativa, tanto em relação a este microuniverso que está sendo gerado por ti, como para a motivação que já geraste em tua turma e que foi relatada na narrativa "Em minha sala de aula".
O mais importante neste momento é compreenderes e conseguires fazer um recorte que possa também ser utilizado por um outro professor em sua sala de aula, mas, como uma célula a ser articulada a outras células não definidas por ti e que poderão conter outras questões relacionadas a leitura ou a arte ou mesmo a leitura como arte ou a arte da leitura, enfim o trabalho é agora estritamente elementar, pois o que temos que nos apropriar é desta "célula inicial" que define justamente o que é um objeto de aprendizagem.
Quero que compreendas o que estou te dizendo em um sentido muito positivo, pois o teu blog contém, e em profusão, muitos "objetos de aprendizagem", pois ele está construído como um "repositório" de objetos de aprendizagem ordenado por um professor que privilegia a leitura/arte.
É certo que desta "coleção ordenada" sairá um TCC (final do curso) excelente e também é certo que desta mesma coleção poderás elaborar uma parcela "mínima e completa" para a atividade solicitada nesta etapa.
Parabéns!"
sábado, 26 de junho de 2010
Fronteiras Digitais 1
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Objeto de Aprendizagem
Um dos instrumentos disponibilizados é uma apresentação em PowerPoint da criadora do conceito, professora da UFRGS, Liane Tarouco, que trata mais especificamente da questão da avaliação dos OA.
Disponível em< http://penta2.ufrgs.br/edu/objetosaprendizagem/sld001.htm> acesso em 25/06/10.
terça-feira, 22 de junho de 2010
O desenho e o desenvolvimento das crianças
Muito boa a reportagem realizada pela Revista Nova Escola sobre o desenvolvimento expressivo das ciranças e seu desenvolvimento. Vale a pena dar uma conferida.
Matéria disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/desenvolvimento-e-aprendizagem/rabiscos-ideias-desenho-infantil-garatujas-evolucao-cognicao-expressao-realidade-518754.shtml
sábado, 19 de junho de 2010
Para pensar
Objetos de Aprendizagem
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/
"A expressão objetos de aprendizagem pode ser entendida como recursos digitais que apresentam atividades multimídia, interativa, na forma de animações e simulações. São configurados como blocos de conteúdo educacional que podem apresentar uma certa independência, mas isso não pressupõe que não possam ser articulados a outros objetos. Esta configuração contribui, quando inserida numa proposta pedagógica, para romper com a idéia de construção de conhecimento numa perspectiva linear."
Dicas da colega Lauralice de sites sobre Objetos Educacionais. Valeu Laura!
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Senso comum
Selecionei esse fragmento do texto do professor Gadin para tentar entender melhor a questão do senso comum na educação.
Acompanhem meu raciocínio:
Quantas vezes acabamos fazendo e dizendo o mesmo que “todo mundo” para evitar chamar a atenção para nós mesmos?
Quantas vezes aceitamos determinações que nos parecem injustas para evitar o confronto?
Quantas vezes nos escondemos e não dizemos o que realmente pensamos por medo, insegurança ou até para não sermos rotulados de “reclamões”?
Quantas vezes deixamos uma pergunta sem resposta?
Quantas vezes gostaríamos de perguntar e nos calamos?
Quantas vezes fazemos de conta que estamos de acordo, mas no fundo pensamos o contrário?
Quantas vezes nosso discurso vai num sentido e nossa ação no sentido contrário?
Será que nos damos conta de que talvez estejamos fazendo exatamente aquilo que tanto criticamos?
Não tenho as respostas, só suspeitas...
Namastê
Sônia Maris
domingo, 6 de junho de 2010
O Manifesto - Bertold Brecht
O pão ainda é destinado a alimentar: ele tem de dar lucro.
Mas se a produção apenas é consumida, e não é também vendida
Porque o salário dos produtores é muito baixo – quando é aumentado
Já não vale mais a pena mandar produzir a mercadoria –, por que
Alugar mãos? Elas têm de fazer coisas maiores no banco da fábrica
Do que alimentar seu dono e os seus, se é que se quer que haja
Lucro! Apenas: para onde com a mercadoria? A boa lógica diz:
Lã e trigo, café e frutas e peixes e porcos, tudo junto
É sacrificado ao fogo, a fim de aquentar o deus do lucro!
Montanhas de maquinaria, ferramentas de exércitos em trabalho,
Estaleiros, altos-fornos, lanifícios, minas e moinhos:
Tudo quebrado e, para amolecer o deus do lucro, sacrificado!
De fato, seu deus do lucro está tomado pela cegueira.
As vítimas
Ele não vê.
[...] As leis da economia se revelam
Como a lei da gravidade, quando a casa cai em estrondos
Sobre as nossas cabeças. Em pânico, a burguesia atormentada
Despedaça os próprios bens e desvaira com seus restos
Pelo mundo afora em busca de novos e maiores mercados.
(E pensando evitar a peste alguém apenas a carrega consigo, empestando
Também os recantos onde se refugia!) Em novas e maiores crises
A burguesia volta atônita a si. Mas os miseráveis, exércitos gigantes,
Que ela, planejadamente, mas sem planos, arrasta consigo,
Atirando-os a saunas e depois de volta a estradas geladas,
Começam a entender que o mundo burguês tem seus dias contados
Por se mostrar pequeno demais para comportar a riqueza que ele
próprio criou.”
(BRECHT, Bertolt. O manifesto. Crítica marxista, São Paulo, n. 16, p.116,
mar. 2003.)
sábado, 5 de junho de 2010
Bertold Brecht
Quem quiser assistir um fragmento de uma de suas peças, Maria Farrar, encenada com bonecos por um grupo de Porto Alegre, pode acessar o site http://www.youtube.com/watch?v=kYK38BZthdM
Impossível falar de Brecht sem pensar em seus textos memoráveis.
Gosto de seu estilo provocador. Trabalho alguns deles com meus alunos adolescentes...
Quem quiser pode ouvir alguns fragmentos de textos interpretados pelo Antônio Abujamra no site http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/poemas?search=brecht&by=author
"Nada é impossível mudar
Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar. "
sexta-feira, 4 de junho de 2010
reflexão maio

quarta-feira, 2 de junho de 2010
Retrato Falado
Lembra "O perigo da história única" da Chimamanda...
Aqui o desenhista "burocrático" se descobre um artista. Genial!
Apreciem com seus próprios olhos...
terça-feira, 1 de junho de 2010
Cansaço...

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...
Álvaro de Campos
(heterônimo de Fernando Pessoa)