Caixa de Pandora

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Auto-avaliação de Fundamentos da Arte I



Somos todos fruto do que vivemos, pensamos e fazemos no nosso cotidiano. Hoje, vivemos, pensamos e fazemos arte. Esse é o nosso objetivo nos últimos meses, na verdade, no último ano. Toda nossa vida deu uma guinada desde que resolvemos fazer o curso de Artes Visuais na UFRGS. Sabíamos desde antes da inscrição no vestibular que não seria fácil. Que a instituição tem um nível de exigência altíssimo e que deveríamos dar o máximo a cada nova disciplina, a cada novo semestre.

Penso que algumas disciplinas são mais prazerosas que outras, que umas são mais teóricas e outras mais práticas, que todas tem coisas boas e coisas ruins. Assim como nós, alunos, temos nossas qualidades e nossos defeitos. Sabemos algumas coisas e outras estamos em processo de aprendizagem. Tomamos decisões difíceis muitas vezes e baseadas no que julgamos ser mais conveniente em cada momento.

Particularmente, aprecio muito História da Arte, tenho muita experiência e facilidade em leitura e em escrita, e não vejo nenhuma dificuldade de entendimento dos textos propostos e das imagens dos trabalhos solicitados. O material disponibilizado é muito rico e deixou-nos com muita vontade de produzirmos nós mesmos o nosso material para as aulas nas escolas. Nem sempre isso é possível. Sabemos das dificuldades das diferentes escolas, algumas com precárias condições e por isso gostaríamos que o material fosse disponibilizado para download, num sistema de criative commons.

Por ser professora de Literatura, utilizo muito de História para a contextualização das minhas aulas, isso facilita muito o entendimento dos períodos da História da Arte que tem uma relação muito próxima com os períodos literários. Faço da História e da Arte utilização constante como ilustração das aulas de literatura. Os alunos gostam e compreendem melhor a Literatura quando inserimos as questões políticas, sociais, culturais e históricas. Esse ano que passou, por exemplo, meus alunos, do 2º ano do ensino médio, fizeram uma Taverna Gótica, com tudo que tinha direito, música, literatura, recital de poesia, imagens em vídeos...Isso por que estávamos estudando o Romantismo e o “mal do século”. Interdisciplinaridade é o nosso cotidiano.

Penso que faltou-nos um momento presencial para que pudéssemos discutir e apreciar conjuntamente as obras e os períodos estudados, as diferentes linguagens, próprias de cada período que são riquíssimas, os materiais e técnicas expressivas de cada artista ou movimento. Isso seria enriquecedor.

Penso que o desenvolvimento de cada um de nós dependeu da dedicação na pesquisa e na busca de outras fontes para o entendimento ou a ampliação dos temas estudados.

Estudamos muito e acredito que esse ser professor-pesquisador não vai se encerrar nunca. É um processo constante, uma formação continuada que todo professor deve ter bem presente. Essa é a nossa realidade, quem não sabe disso está na profissão errada. Somos eternos estudantes.

Tenho uma dificuldade que não é propriamente minha, mas creio que é do formato do curso em EAD: à distância. Gostaria de ter mais contato com as tutoras, que elas ficassem on-line em determinados horários para que pudéssemos conversar, mesmo que por mensagens instantâneas. Algumas disciplinas disponibilizaram esse recurso de podermos ter esse diálogo que creio enriqueceria o curso como um todo.

Penso que aprendi muito e ainda há muito que aprender. Pena que a disciplina foi tão curta, tão corrida. Faltou-nos tempo para poder apreciar mais, contextualizar mais, fazer mais.

Não gosto muito de avaliações que envolvam números, pois sempre me parecem impessoais. Prefiro realmente os pareceres, e assim quero dizer que sou uma aluna que está sempre em dia com as tarefas, sinto prazer em pesquisar e compartilhar minhas descobertas com os demais colegas; penso que todos crescem quando compartilham os saberes; participo dos fóruns quando julgo interessante e tenho algo a dizer que contribua para o crescimento do grupo; julgo que algumas tarefas foram mais instigantes do que outras, deixando-nos com vontade de aprender mais sobre determinados períodos. Outras me pareceram um pouco áridas, sem sabor, talvez por uma questão de gosto pessoal. Senti falta dos feedbacks das tutoras, que somente chegaram hoje, praticamente ao final da disciplina. Não creio que se possa construir algo colaborativamente sendo avaliada apenas no final da disciplina, mas, como disse, são preferências pessoais e não tenho o direito de julgar, é apenas uma opinião que pode ou não vir a contribuir para quem sabe as próximas disciplinas.

Assim como sou crítica com relação aos outros, também o sou com relação a mim mesma e julgo que poderia ter colocado as referências dos trabalhos de acordo com as normas da ABNT e que algumas vezes faltou data de acesso, ou mesmo algum outro dado que me parecia no momento evidente, mas não estava. Peço desculpas por isso. Aprendemos com nossos erros mais do que com nossos acertos.






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