tão longe...tão perto...
da sacada...
na escola...
na rua em POA...
no Instituto de Artes da UFRGS.
Meu Horizonte
Poética
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
Vínicius de Moraes
O exercício de pensar o
que me move, motiva, limita, inquieta, potencializa e defini-la em uma única
palavra e registrar a materialização dessa palavra em uma imagem bidimensional
fez com se revelasse todo um universo interno de desejos, sensações que estavam
adormecidos ou, no mínimo, não manifestos concretamente. A partir de uma lista de palavras que fui
colhendo durante essa semana, pude perceber que o efêmero, o fugaz, o im-permanente,
imperfeito, aquilo que escorre por entre os dedos diariamente, sem que se possa
estendê-lo, é aquilo que tenho de mais valioso para a realização de tudo o que
desejamos: O TEMPO.
É esse o meu horizonte: o TEMPO, passado, presente
e futuro. Espaço da memória, dos afetos, do que temos de mais superficial e
mais profundo.
As
imagens que colhi para esse registro bidimensional do TEMPO:
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