Caixa de Pandora

domingo, 6 de maio de 2012

Tempus Fugit



Tempus Fugit, 2012  


“(...)Se o espaço é infinito, estamos em qualquer ponto do espaço.
Se o tempo é infinito, estamos em qualquer ponto do tempo(...)”
Jorge Luis Borges
No final, acabamos sempre voltando a ideia inicial, ao começo de tudo, ao que deu origem ao processo, ao pensamento que gera, que cria, que potencializa toda criação humana. Tempo que não temos, tempo que nos aprisiona, que nos leva muitas vezes, por imposições cotidianas a fazer escolhas erradas, a priorizar coisas sem importância vital... Meu mundo é esse: literatura, arte, estudo, trabalho, alunos, família...Não necessariamente nessa ordem. Lembro a frase, mas não o autor: “sem tempo não há pensamento...”. Verdade. Fazemos mil coisas e pouco pensamos sobre elas. O mundo contemporâneo nos exige essa velocidade, esse excesso de informação mal digerida, mal assimilada, efêmera, fugaz, im-permanente, imperfeita...Como materializar esse tempo que nos aniquila, que se esvai, que escorre pelos nossos dedos e que não tem volta, que nos tritura e nos transforma muitas vezes em quem não somos, em algo irreconhecível... Resto de humanidade. Metal, tecido, plástico, vidro e areia. Objetos do cotidiano ressignificados, carregados de um simbolismo óbvio (ou não). Possibilidades que se juntam, que se aglutinam e que nos fazem voltar ao começo: tempo.


Referências:
BORGES, Jorge Luis. O livro de areia. Disponível em http://www.letras.com.br/jorge-luis-borges/o-livro-de-areia

sábado, 5 de maio de 2012

A inspiração: Farnese de Andrade e Cildo Meireles


Farnese de Andrade, Tudo Continua Sempre, 1974

"A obra de Farnese de Andrade diz coisas parecidas. Uma história cruel, repleta de violências e maldades, desautoriza expectativas otimistas em relação ao presente. Farnese pertence a uma vertente da cultura brasileira que pôs de lado as esperanças atribuíveis a um país jovem, em formação, e que sublinhou os entraves que conduziram à precariedade nacional."¹

 Cildo Merieles, Desvio para o Vermelho I: Desvio, 1967

"Desvio para o Vermelho é um de seus trabalhos mais complexos e ambiciosos – concebido em 1967, montado em diferentes versões desde 1984 e exibido em Inhotim em caráter permanente desde 2006. Formado por três ambientes articulados entre si, no primeiro deles (Impregnação) nos deparamos com uma exaustiva coleção monocromática de móveis, objetos e obras de arte em diferentes tons, reunidos “de maneira plausível mas improvável” por alguma idiossincrasia doméstica. Nos ambientes seguintes, Entorno e Desvio, têm lugar o que o artista chama de explicações anedóticas para o mesmo fenômeno da primeira sala, em que a cor satura a matéria, se transformando em matéria. Aberta a uma série de simbolismos e metáforas, desde a violência do sangue até conotações ideológicas, o que interessa ao artista nesta obra é oferecer uma seqüência de impactos sensoriais e psicológicos ao espectador: uma série de falsas lógicas que nos devolvem sempre a um mesmo ponto de partida."¹
ReferênciaS:
¹ FARNESE DE ANDRADE

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O importante é o conhecimento....


Gurias!
Sem querer desmerecer o esforço de todas nós em tentar aprender Libras em apenas 60h, acredito que o mais importante é pensarmos que muito além do resultado que possamos obter em uma única prova é o que ganhamos nos conhecimentos que ficaram conosco, como por exemplo o respeito e compreensão da cultura surda, diferente da ouvinte mas não desigual, que exige um cuidado todo especial daqueles que se propoem a educar.
Nunca tive alunos surdos, mas fico imaginando que se amanhã ou depois vier a ter algum, terei de onde partir, onde pesquisar. Tenho hoje alguma noção de onde e como buscar ajuda. Noção das suas necessidades para que a comunicação aconteça e que os alunos surdos possam ter um melhor aprendizado. Coisas que até pouco tempo antes de cursar essa disciplina não conhecia.
Outra coisa que penso ser importante destacar nessa nossa conversa na madrugada (rotina de quem trabalha durante o dia e só tem esse horário para colocar as leituras em dia) é que qualquer língua nova que aprendamos, seja inglês, espanhol, francês ou libras, precisamos de prática, senão acabamos esquecendo a língua e todo esse aprendizado deixa de ser significativo e passa a ser meramente ilustrativo.
Quanto a angústia generalizada sobre a avaliação, acredito que não se trata de uma prova final, mesmo que tenha essa aparência, mas sim de mais uma (entre tantas) forma de avaliar e que terá o peso adequado dentro de uma avaliação que se propõe processual.
Abraços a todas,
soniamaris

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sobre o óbvio...

 

Tenho uma amiga, Rosilene Lopes, petista roxa, freireana de carteirinha, mãe, esposa, professora, artista e outras cositas mas,  sempre me diz "o óbvio precisa ser dito"...
Minha saudosa professora de Linguística era fã de Nelson Rodrigues, cujo centenário comemoramos esse ano, com seu maravilhoso "óbvio ululante" também deixou sua impressão sobre o óbvio...
Então, toda a torcida do Flamengo não pode estar errada...
Muitos vivas ao ÓBVIO!!!
E vamos adiante...

Sintaxe da Linguagem Visual


Para aqueles que estão tendo dificuldade em compreender o elementos constitutivos da Linguagem Visual, presentes em suas pranchas de imagens, recomendo a leitura desse livro: Sintaxe da Linguagem Visual do Donis A. Dondis. Ele está na bibliografia do curso, então, sem estresse...
Não sei se ele não está esgotado... 
Para quem não se importa de ler na tela do note/pc o link acima oferece o livro para download.
Aproveitem a leitura.

Prancha Retirantes Portinari - finalizada

Elementos da linguagem visual (revisão)