Caixa de Pandora

sábado, 5 de maio de 2012

A inspiração: Farnese de Andrade e Cildo Meireles


Farnese de Andrade, Tudo Continua Sempre, 1974

"A obra de Farnese de Andrade diz coisas parecidas. Uma história cruel, repleta de violências e maldades, desautoriza expectativas otimistas em relação ao presente. Farnese pertence a uma vertente da cultura brasileira que pôs de lado as esperanças atribuíveis a um país jovem, em formação, e que sublinhou os entraves que conduziram à precariedade nacional."¹

 Cildo Merieles, Desvio para o Vermelho I: Desvio, 1967

"Desvio para o Vermelho é um de seus trabalhos mais complexos e ambiciosos – concebido em 1967, montado em diferentes versões desde 1984 e exibido em Inhotim em caráter permanente desde 2006. Formado por três ambientes articulados entre si, no primeiro deles (Impregnação) nos deparamos com uma exaustiva coleção monocromática de móveis, objetos e obras de arte em diferentes tons, reunidos “de maneira plausível mas improvável” por alguma idiossincrasia doméstica. Nos ambientes seguintes, Entorno e Desvio, têm lugar o que o artista chama de explicações anedóticas para o mesmo fenômeno da primeira sala, em que a cor satura a matéria, se transformando em matéria. Aberta a uma série de simbolismos e metáforas, desde a violência do sangue até conotações ideológicas, o que interessa ao artista nesta obra é oferecer uma seqüência de impactos sensoriais e psicológicos ao espectador: uma série de falsas lógicas que nos devolvem sempre a um mesmo ponto de partida."¹
ReferênciaS:
¹ FARNESE DE ANDRADE

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