Tempus Fugit, 2012
“(...)Se o espaço é infinito, estamos em qualquer ponto
do espaço.
Se o tempo é infinito, estamos em qualquer ponto do
tempo(...)”
Jorge Luis Borges
No final, acabamos sempre
voltando a ideia inicial, ao começo de tudo, ao que deu origem ao processo, ao
pensamento que gera, que cria, que potencializa toda criação humana. Tempo que
não temos, tempo que nos aprisiona, que nos leva muitas vezes, por imposições
cotidianas a fazer escolhas erradas, a priorizar coisas sem importância
vital... Meu mundo é esse: literatura, arte, estudo, trabalho, alunos,
família...Não necessariamente nessa ordem. Lembro a frase, mas não o autor:
“sem tempo não há pensamento...”. Verdade. Fazemos mil coisas e pouco
pensamos sobre elas. O mundo contemporâneo nos exige essa velocidade, esse
excesso de informação mal digerida, mal assimilada, efêmera, fugaz, im-permanente,
imperfeita...Como materializar esse tempo que nos aniquila, que se esvai, que
escorre pelos nossos dedos e que não tem volta, que nos tritura e nos
transforma muitas vezes em quem não somos, em algo irreconhecível... Resto de
humanidade. Metal, tecido, plástico, vidro e areia. Objetos do cotidiano ressignificados,
carregados de um simbolismo óbvio (ou não). Possibilidades que se juntam, que
se aglutinam e que nos fazem voltar ao começo: tempo.
Referências:
BORGES,
Jorge Luis. O livro de areia. Disponível em http://www.letras.com.br/jorge-luis-borges/o-livro-de-areia
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