Caixa de Pandora

domingo, 6 de maio de 2012

Tempus Fugit



Tempus Fugit, 2012  


“(...)Se o espaço é infinito, estamos em qualquer ponto do espaço.
Se o tempo é infinito, estamos em qualquer ponto do tempo(...)”
Jorge Luis Borges
No final, acabamos sempre voltando a ideia inicial, ao começo de tudo, ao que deu origem ao processo, ao pensamento que gera, que cria, que potencializa toda criação humana. Tempo que não temos, tempo que nos aprisiona, que nos leva muitas vezes, por imposições cotidianas a fazer escolhas erradas, a priorizar coisas sem importância vital... Meu mundo é esse: literatura, arte, estudo, trabalho, alunos, família...Não necessariamente nessa ordem. Lembro a frase, mas não o autor: “sem tempo não há pensamento...”. Verdade. Fazemos mil coisas e pouco pensamos sobre elas. O mundo contemporâneo nos exige essa velocidade, esse excesso de informação mal digerida, mal assimilada, efêmera, fugaz, im-permanente, imperfeita...Como materializar esse tempo que nos aniquila, que se esvai, que escorre pelos nossos dedos e que não tem volta, que nos tritura e nos transforma muitas vezes em quem não somos, em algo irreconhecível... Resto de humanidade. Metal, tecido, plástico, vidro e areia. Objetos do cotidiano ressignificados, carregados de um simbolismo óbvio (ou não). Possibilidades que se juntam, que se aglutinam e que nos fazem voltar ao começo: tempo.


Referências:
BORGES, Jorge Luis. O livro de areia. Disponível em http://www.letras.com.br/jorge-luis-borges/o-livro-de-areia

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