Caixa de Pandora

sábado, 18 de julho de 2009

A educação no terceiro milênio

Foto de Nuno de Sousa



Vivemos em uma época de profundas transformações que nos obrigam a adotar um outro estilo de vida, novos usos e costumes e de um convívio intenso com as novas tecnologias. Tais tecnologias “subvertem o espaço e o tempo do homem contemporâneo”. Se, por um lado aproxima milhares, talvez milhões, de pessoas por intermédio das facilidades da comunicação via Internet, por outro as isola em sua casas, criando uma imensa comunidade que vive mais o “virtual” do que o “real”.

É nesse contexto que surgem com força total, os meios de comunicação de massa, que cumprem seu papel intensificando a avalanche de informações/produtos disponibilizada a um público/cliente em geral alienado e consumista. Nessa lógica maluca, tudo pode se transformar em produto/espetáculo. Tudo pode ser consumido e descartado, inclusive os relacionamentos. Só o que é novo interessa. Nesse mundo caótico e sem sentido, a lógica da banalização da vida deixa a população perplexa e sem parâmetros que possam ajudar a “pensar, sentir e agir” nessa nova realidade. Palavras como fragmentação, desencanto, pessimismo, perplexidade, desorientação são apenas algumas dentre as muitas que definem o sentimento desse início de século.

Como pensar a educação nesse contexto? Como tornar a educação atraente aos olhos dos nossos alunos ávidos por novidade/tecnologia? Como romper com a cultura dos conteúdos fragmentados em compartimentos separados? Que conteúdos são pertinentes nesse novo contexto? Como globalizar esses conteúdos de forma que eles façam sentido para nossos alunos? Muitas são as perguntas e muitas são as teorias que tentam responder a essas questões... As dúvidas são maiores que as certezas.

E o professor como fica nisso tudo? O professor, da mesma forma que o aluno, é fruto desse mundo fragmentado. Ele também é vítima desse processo. Ele também precisa ser resgatado e valorizado. Ele, mais do que qualquer outro, precisa de tempo para refletir sobre sua condição e a condição do mundo em que vive, para estudar as alternativas possíveis, estudar muito e agir de forma a contribuir de melhor forma possível para a transformação da educação, tão desejada por todos.

Fonte bibliográfica:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. 2. ed. rev. atual.. São Paulo. Moderna. 1996.

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