Caixa de Pandora

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Modos de ver: diálogos com Berger



 

prancha de imagens 
 
Modos de Ver
"Nunca olhamos para uma coisa;
estamos sempre olhando para a relação 
entre as coisas e nós mesmos"
(BERGER, 1999, p.11).


Acredito que ao fazermos nossas escolhas, seja em arte-educação seja na vida, levamos sempre em conta toda uma bagagem cultural construída por tudo que aprendemos e apreendemos em na relação com o outro. Experiências diferentes, vivência cultural, participação política, sentimento de pertencimento a determinados grupos, saberes profissionais e acadêmicos, afetos e desafetos, informação midiática, tudo nos (des)constrói cotidianamente. É uma jornada sem fim de (des)construções. Como bem o disse a colega e amiga Neusa Vinhas, ao fim do dia temos mais perguntas do que respostas. E, apesar do alerta dos sábios que nos dizem que nunca cruzamos um mesmo rio duas vezes, algumas memórias ficam impregnadas e não conseguimos (ou não queremos) nos desvencilhar delas. Dessa forma, ao mesmo tempo em que somos sempre diferentes e as relações que estabelecemos com os outros também o são, algumas coisas persistem em nos acompanhar ao longo de nossas vidas.  Coisas que nos comovem, nos inquietam, nos assombram, nos fazem parar para pensar ou que nos estesiam como diz a professora Umbelina. Creio que é dessa forma que construímos nossos mapas conceituais de Professor-Pesquisador-Curador, no Seminário Integrador, e que deram origem às pranchas de imagens, através de nossa capacidade de emocionar-se diante de algo, envolvendo-se de forma tão intensa que não se consegue explicar com palavras essa relação.

Referências:

BERGER, John. Modos de ver. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

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