Caixa de Pandora

domingo, 16 de outubro de 2011

Algumas relações possíveis entre arte e ciência






Ao pensar na relação entre arte e ciências penso na questão do método científico amplamente utilizado nas ciência e que de forma livremente adaptada pode ser percebida na utilização dos “experimentos” em arte. Experimentos com o corpo, como na obra de Orlan, ou na utilização de animais, como nas obras de Eduardo Kac, que mistura arte, tecnologia e ciência. Penso também nas novas tecnologia na criação de obras que misturam vídeo, fotografia, instalação, multimídia e performance, como vimos, principalmente na Bienal passada, nas obras expostas no Santander Cultural. Ou ainda, no artista Walmor Correia, que fazia desenhos anatômicos de seres imaginários, em exposição no MARGS, também na Bienal passada.

O pintor brasileiro contemporâneo, Walmor Corrêa, desenvolve trabalhos em pintura e desenho tradicional (Arte Acadêmica, ilustração), desenvolvendo o relacionamento entre Arte e Natureza e entre Arte e imaginário científico. Trata-se de uma representação iconográfica – acadêmica, científica e documental – e um imaginário teratológico (imaginário popular). Corrêa restaura para o presente a visão naturalística, mas ele oferece um outro ponto de vista, com a intenção de propor simulacros para nosso próprio mundo. Nas palavras do próprio artista “Meu trabalho é uma espécie de jogo entre a ciência e a arte. Mais do que questionar a ciência, eu intensifico o sonho, a mentira. É uma tentativa de quebrar alguns paradigmas.” Walmor Correa- Os seres Imaginários (Revistas Bienart, nº 20 ANO II,2006, Junho P.34)

Como nos diz Carla Rodrigues “O que venho maquinando é a ideia de uma educação da multiplicidade, em que possamos atentar para as diferentes formas e entrelaçamentos com que a arte, a filosofia e as ciências educativas se oferecem nesta contemporaneidade. (...) Uma educação que não empobrece a racionalidade com narrativas da certeza, mas que potencializa a criação, a invenção, a diferença, a variação, outras forma de viver.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário