Caixa de Pandora

domingo, 16 de outubro de 2011

Qual o sentido da educação hoje?





No mundo contemporâneo os desafios são inúmeros e a educação, como não poderia deixar de ser, é reflexo desses desafios. Vivemos um tempo de medos e inseguranças, em que a cada novo dia, enfrentamos questões antes impensáveis. O que antes era exceção, hoje é regra. O estranhamento é a rotina. Não sei ao certo se nosso modo cotidiano de viver se sustentará até eu acabar de digitar esse texto. Exagero? Não creio. Na velocidade em que as descobertas e inovações tanto tecnológicas quanto biológicas avançam, penso que não é exagero afirmar isso que digo nesse momento. O que está valendo hoje, não necessariamente valerá amanhã. Se isso deixa professores, adultos inseguros, imaginem, crianças e adolescentes que nasceram e crescem nessa lógica. Nas palavras da professora Carla Rodrigues, “Em estado de puro estranhamento, os olhos têm as pupilas dilatadas quando suportam ver, escutar e dizer diante dos movimentos velozes que arrebatam os modos cotidianos de estar no mundo.” Como fica a educação nessa nova ordem mundial? Difícil responder à essa questão, penso que temos mais dúvidas do que certeza, mas, podemos ter “pescar” algumas pistas no trecho abaixo:

“Uma educação menos do macro e mais do micro, includente de cuidados éticos com os outros e cuidados estéticos consigo. Quer queira-se, quer não, vive-se neste tempo. Tempo de muitos acontecimentos que nos tiram do lugar comum: tempos de pânico, de velocidade, de ansiedade, de solidão, de AIDS, de famílias anucleadas, de câncer, de células-tronco, de telefonia celular, de clonagens etc. Tempo em que crianças são jogadas por janela de edifício, em que políticos carregam dinheiro escondido em suas vestimentas íntimas. Pulula a conhecida indagação com indignação: O que estamos fazendo de nós mesmos? Que seja possível, para cada um de nós, arquitetar um corpo sensível para os acontecimentos deste tempo. Corpo este com fendas para perceber os efeitos das sensações que nele vão surgindo, por meio das relações estabelecidas com as matérias que o põem em agitação. E, assim, reconfigurar formas de vida a partir daquilo que lhe desestabiliza! Perspectivas e limites...”




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