“Vivemos a era inter. Estamos vivendo um tempo em que a atenção está voltada para a
internet, interculturalidade, a interatividade, a interação, interrelação, a interdisciplinaridade e a integração das artes e dos meios, como modos de produção e significação desafiadores.” ¹
Muito embora eu perceba que a interdisciplinaridade nas obras da 8ª Bienal estivesse bastante explícita na sua grande maioria, principalmente em função da temática, senti um pouco de dificuldade em entender a proposta do fórum e, talvez por esse motivo, não participei efetivamente.
Primeiramente, imaginei que a discussão seria em torno das obras, como cada uma delas, dentro de cada roteiro, dialoga com as outras. Vi inúmeras ligações, a partir do meu roteiro que era Cadernos de Viagem, que iam da questão territorial envolvendo desde o deslocamento do artista até a região visitada e que serviria de mote para sua obra, até as questões antropológicas que articulariam o ser humano e a cultura-comunidade em que estão inseridos. Em como o artista (invasor?) percebeu cada uma dessas regiões visitadas, no que ele recolheu de significante desses espaços, das relações afetivas que se estabeleceram e que permitiram que o artista pudesse fazer a leitura de cada um desses lugares. Outro ponto que me atraiu no Caderno de Viagens foi a questão do registro, das “anotações”, do como o suporte utilizado pelos artista foi variado (vídeos, fotos, desenhos, objetos, terra, pedras, as anotações textuais, etc) e a questão das “interferências” provocadas em cada espaço por onde eles passaram. O cuidado que eles tiveram na aproximação, o carinho demonstrado nas exposições locais, o respeito com as comunidades. Penso que todo viajante que pretendesse de fato entender o lugar visitado poderia aprender muito com esse componente da 8ª Bienal.
Em segundo lugar, ao ler as colocações das colegas no fórum e da tutora é que pude perceber (problema de leitura meu) que a ideia era bem outra, que na verdade, a proposta era ver a interdisciplinaridade a partir do olhar do professor e da escola, que deveríamos anotar as possibilidades de leitura a partir de disciplinas específicas do espaço escolar (geografia, história, filosofia, literatura...). Respeito isso, porém, não fiz essa leitura e como o fórum já encerou mesmo, deixo minhas divagações para quem sabe no próximo fórum participar efetivamente.
Namastê
Sônia Maris
¹ANA MAE em Arte na Educação: InterterritorialidadArte Interterritorialidade
refazendo interdisciplinaridade disponível em http://portal.anhembi.br/sbds/pdf/24.pdf
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