Caixa de Pandora

sábado, 29 de outubro de 2011

O caminho das pedras



Podcast e Player de áudio

Depois de alguns dias pesquisando sobre os Podcasts e sobre como colocar player de áudio no blog, achei um caminho bem tranquilo para fazer ambos.
O teste eu já publiquei com um música do Angelo Primon. Agora socializo o tutorial que me deu o caminho das pedras: ALL TUTORIAL.

Boa sorte na criação de seus podcasts.
Namastê
Sônia Maris

teste áudio 2





quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Jack, O Estripador- Podcast premiado

Escriba Café - esse é o nome do site que disponibiliza vários Podcast.
O podcast Jack, o Estripador foi premiado e merece destaque.
Quem ama literatura - eu, por exemplo - vai amar essa história de terror, suspense e muita emoção, agora em áudio. Os efeitos sonoros que o Christian Gurtner criou são bem bacanas. Vale a pena conferir.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Palavras...


“Nós levamos o mundo na nossa boca ao falar” Li essa frase em um texto da Mirna Spritzer, não lembro se é dela ou é uma citação de outra pessoa. Frase linda e ao mesmo tempo preocupante. O que importa é que quando falamos, nem sempre pensamos em "como" falamos... e que nessa fala, partilhamos muito mais do que palavras... Cuidado! Esse é o ponto em que queria chegar... Devemos sempre ter muito cuidado ao falar...falando estamos diante do outro...que nos escuta...que com-partilha nossas palavras.
Devíamos ouvir mais e falar menos...
A palavra fere.

domingo, 23 de outubro de 2011

Acordes Dissonantes


Acordes Dissonantes: Projeto de Intervenção

Tá lá o corpo

estendido no chão

Em vez de rosto uma foto

de um gol

Em vez e reza

uma praga de alguém

E um silêncio

servindo de amém..."

João Bosco

O desafio de pensar sobre o nosso entorno, sobre o que observamos ao nosso redor, quando andamos (ou corremos) de um lado para o outro, o que se tornou rotina e o que não percebemos se não paramos um minuto e olhamos com bastante atenção, o que para cada um de nós é importante e aquilo em que nunca pensamos, o que nos afeta diretamente, o que afeta toda uma comunidade, são apenas algumas das questões que surgiram durante o processo. Pensando nessas questões e em outras que foram se agregando, trago para o foco das atenções as relações entre o ser humano e o ambiente, de uma forma muito específica: o conflito entre o homem e a máquina. A fragilidade e finitude da vida em contraponto a emergência da automação e da velocidade.

A ideia do projeto Acordes Dissonantes surgiu da observação de um problema que ocorre no lugar onde moro boa parte da semana: uma praia, próxima à cidade, que tem, normalmente, uma população bastante pequena - composta basicamente de aposentados e alguns profissionais liberais que trabalham em casa - e a população flutuante que migra para o litoral aos finais de semana, se multiplicando de forma desordenada e enlouquecida devido à atração da Plataforma de Pesca e a prática do surfe.

A questão central é o trânsito na orla e os perigos que esse aumento de fluxo traz aqueles que vivem de forma quase bucólica durante toda a semana. O contraste entre o silêncio durante a semana em que ouvimos tão somente o som das ondas quebrando e dos pássaros - gaivotas, bem-te-vis, corujas, carruíras, quero-queros - e o barulho ensurdecedor dos carros que passam acelerando seus motores, como se fosse o último final de semana da vida deles. A pressa é tanta que freqüentemente temos casos de atropelamentos e xingamentos de ambos os lados, freadas bruscas, buzinas... Pedestres e motoristas não se entendem. Dois sons distintos se observam, sem que haja harmonia entre eles. Falta tolerância, falta educação, falta gentileza e respeito para com a VIDA.

Para tentar chamar a atenção para essa situação, pensei em fazer uma instalação (ou seria interferência?) na paisagem que obrigasse os observadores, tanto os pedestres quanto os motoristas (“monstroristas”, como ouvi outro dia) a lançar um outro olhar sobre o espaço e quem sabe, refletir sobre a forma com que ambos estão agindo nele. Como? Pensei em desenhar um corpo morto estendido no chão, aos moldes de uma cena de crime, para forçar o olhar para o chão e para a possibilidade não tão remota assim de que realmente um corpo possa ser atropelado e morto naquele espaço de guerra. Ainda não sei se usarei as fitas de isolamento (preta e amarela) por que isso impossibilitaria que os carros passassem por sobre o “corpo”. Ainda está em processo, mas a ideia já está alinhavada...

Sônia Maris Rittmann

Pólo UFRGS POA 1

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Projeto WebRádio Escolar Gentil




APRESENTAÇÃO-JUSTIFICATIVA

A deficiência no processo de comunicação entre escola e aluno é tida como um dos entraves na concretização do processo ensino- aprendizagem. Utilizar estratégias de comunicação de rádio neste processo é ampliar as possibilidades de sua concretização.

Estratégias tais como: uso adequado da voz, utilização de recursos de áudio para facilitar a transmissão de conhecimentos, adaptação de processos educativos com uso do rádio, além da criação de laboratório de comunicação no qual o aluno poderá mostrar além de sua capacidade criativa, a capacidade de trabalhar em equipe, a possibilidade de mostrar seu talento, são algumas das vantagens que este projeto poderá proporcionar a escola.

OBJETIVO GERAL

A meta deste projeto é formar um Núcleo de Comunicação que se utilizará da rádio com finalidade pedagógica. Para que esse projeto aconteça prevemos primeiramente a implementação do Projeto Rádio Escolar.

As etapas deste projeto consistem criar condições para treinamento e formação de equipes de comunicadores no intuito de tornar possível o uso da linguagem radiofônica no processo de ensino escolar; colaborar como ferramenta de transmissão de conhecimentos interdisciplinares e transdisciplinares; permitir (aproximar) o acesso à informação cotidiana e de utilidade pública; construir modelo operacional para tornar o projeto Núcleo de Comunicação permitindo assim a realização de produções que possam atender as necessidades internas e da comunidade ao redor além de estimular a produção e troca de materiais de apoio pedagógico.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Melhorar o espaço de convivência;

2. Possibilitar a integração escola-aluno-comunidade;

3. Ampliar as possibilidades de práticas interdisciplinares e transdisciplinares;

4. Complementar o aprendizado, ampliar a capacidade intelectual e as habilidades dos participantes;

5. Criar condições para melhoria da comunicação institucional;

6. Dar voz aos alunos;

7. Socializar as aprendizagens com a comunidade escolar através de uma web-rádio com a criação e divulgação de Podcasts de conteúdo educacional.

NECESSIDADES

1. Equipamentos e espaço físico

2. Equipe de comunicadores

3. Coordenação pedagógica

4 .Capacitação

5. Integração pedagógica

6. Logística operacional

7. Encontros para avaliação

DESAFIOS

• Desconfiança pedagógica

• Reclamações em relação ao barulho, a música, ao conteúdo, à saída de alunos da sala de aula...

• Problemas técnicos

• Controle excessivo do espaço

• Gestão individualizada

• Falta de planejamento operacional

• Conflitos multilaterais

ESTRUTURA TÉCNICA

EQUIPAMENTOS


• Mesa de som

• Microfone

• CD PLAYER

• TAPE DECK (podemos usar mídias disponíveis na Internet)

• Gravador (Repórter)

• Caixas de som

• Transmissor ou amplificador

• Computador (com acesso à Internet)

. Programa Audacity (download grátis da Web)

ESPAÇO

• Estúdio 2x2 m (mínimo)

• Acesso Privativo

• Mesa e cadeiras

• Prateleira


INTEGRAÇÃO

• Trabalhos em sala de aula com suporte de alunos capacitados que possa auxiliar o professor em atividades com rádio;

• Capacitação de educadores para construção de proposta comunicativa em sala de aula;

• Construir projetos interdisciplanares e transdisciplinares elaborados em colaboração entre professores e alunos:

Rádio Novela ou Rádio Teatro (em processo);

Hora do Conto (Leitura de Contos e Contação de histórias);

Quintana a Toda Hora (leitura de poesia);

Jornal do Gentil (notícias de interesse da escola e da comunidade);

Dicas para o ENEM e Vestibular (dicas elaboradas pelos professores da escola);

Mateando no Gentil (contação de causos gauchescos);

Eu Sou Gentil (“pílulas” de incentivo ao convívio social civilizado e cordial);

Divulgação e socialização do Podcast (em construção) através de Feed na página da web do PROJETO LER É ARTE e da ESCOLA GENTIL.

LOGÍSTICA

• Pauta (Roteiro de desenvolvimento do programa)

• Grade de Programação

• Reunião de Pauta

• Controle de Identificação

• Código de conduta ética

• Cultura de multiplicação (Podcast)

• Verificação periódica dos equipamentos

PÚBLICO ALVO

O projeto visa trabalhar com toda a comunidade escolar da EEEB Prof. Gentil Viegas Cardoso ( alunos, professores, funcionários, direção e demais interessados) em todas as modalidades de ensino da Educação Infantil ao Curso Técnico, contando inclusive com a participação da EJA. Extrapolando os limites dos muros da escola, pretende-se que a web-rádio possa ser acessada por outras pessoas que se interessem por educação e cultura.

RESPONSÁVEIS PELO PROJETO

Criação: Profª Rosilene Souza Lopes e alunos da turma 1103

Colaboradores: Profª Sônia Maris Rittmann e demais alunos do ensino médio

(espera-se que todos os professores se integrem nessa proposta, principalmente, os da área de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias)

APOIADORES







MODELOS DE IMPRESSOS (a serem utilizados na organização dos programas)


GRADE DE PROGRAMAÇÃO

Turno: Manhã

DIA /HORÁRIOS

SEGUNDA

TERÇA

QUARTA

QUINTA

SEXTA

PERÍODO






PERIODO






PERÍODO











PERÍODO

HORÁRIOS/equipes

1º ______________

2º ______________

3º ______________

4º ______________

O número de participantes se limitará a 04 e será obrigatória a apresentação de pauta e projeto descritivo e piloto.

LAUDA DE APRESENTAÇÃO DE PROGRAMAS

DATA HORÁRIO

PROGRAMA

EQUIPE

TEMA

ABERTURA (saudação, identificação, tema)

MUSICA 1 ARTISTA FAIXA

BREAK (introdução do tema)

MUSICA 1 ARTISTA FAIXA

BREAK (finalização do tema)

MUSICA 2 ARTISTA FAIXA

BREAK (Informativo)

MUSICA 3 ARTISTA FAIXA

ENCERRAMENTO (agradecimentos, despedida, ficha técnica )

MUSICA 4 ARTISTA FAIXA

MODELO DE PROJETO

PROJETO PILOTO DE RÁDIO:

PROGRAMA

EQUIPE

PUBLICO ALVO

PERIODICIDADE

DURAÇÃO

OBJETIVO

ESTILO DE PROGRAMA

(JORNALÍSTICO HUMORÍSTICO VARIEDADES MUSICAL

INFANTIL ENTREVISTA INTERATIVO CULTURAL

RADIONOVELA ESPORTIVO COMPORTAMENTAL OUTROS)

PROGRAMAÇÃO MUSICAL

ROCK RAP SAMBA

SERTANEJO POP REGGAE

ELETRONIC RITMOS BRASILEIROS OUTROS

PARTICIPANTES

NOME / IDADE FUNÇÃO CONTATO

COORDENAÇÃO DATA :

PROJETO RÁDIO

FICHA CADASTRAL

NOME

ENDEREÇO

TELEFONE E-mail

DATA DE ENTRADA DATA DE SAÍDA

FUNÇÃO

EQUIPE

HORÁRIO / DIA DE ATUAÇÃO

domingo, 16 de outubro de 2011

Sobre educação e arte



Lendo a postagem da colega Neusa me veio a mente essa frase de Roland Barthes:
"Nada de poder, um pouquinho de saber e o máximo possível de sabor".
Acredito que esse possa ser um caminho para a educação hoje.

Algumas relações possíveis entre arte e ciência






Ao pensar na relação entre arte e ciências penso na questão do método científico amplamente utilizado nas ciência e que de forma livremente adaptada pode ser percebida na utilização dos “experimentos” em arte. Experimentos com o corpo, como na obra de Orlan, ou na utilização de animais, como nas obras de Eduardo Kac, que mistura arte, tecnologia e ciência. Penso também nas novas tecnologia na criação de obras que misturam vídeo, fotografia, instalação, multimídia e performance, como vimos, principalmente na Bienal passada, nas obras expostas no Santander Cultural. Ou ainda, no artista Walmor Correia, que fazia desenhos anatômicos de seres imaginários, em exposição no MARGS, também na Bienal passada.

O pintor brasileiro contemporâneo, Walmor Corrêa, desenvolve trabalhos em pintura e desenho tradicional (Arte Acadêmica, ilustração), desenvolvendo o relacionamento entre Arte e Natureza e entre Arte e imaginário científico. Trata-se de uma representação iconográfica – acadêmica, científica e documental – e um imaginário teratológico (imaginário popular). Corrêa restaura para o presente a visão naturalística, mas ele oferece um outro ponto de vista, com a intenção de propor simulacros para nosso próprio mundo. Nas palavras do próprio artista “Meu trabalho é uma espécie de jogo entre a ciência e a arte. Mais do que questionar a ciência, eu intensifico o sonho, a mentira. É uma tentativa de quebrar alguns paradigmas.” Walmor Correa- Os seres Imaginários (Revistas Bienart, nº 20 ANO II,2006, Junho P.34)

Como nos diz Carla Rodrigues “O que venho maquinando é a ideia de uma educação da multiplicidade, em que possamos atentar para as diferentes formas e entrelaçamentos com que a arte, a filosofia e as ciências educativas se oferecem nesta contemporaneidade. (...) Uma educação que não empobrece a racionalidade com narrativas da certeza, mas que potencializa a criação, a invenção, a diferença, a variação, outras forma de viver.”

Arte Conceitual


Para tentar responder se uma obra é arte ou não, na contemporaneidade, penso ser necessário compreender, mesmo que minimamente, que quando se trata de arte contemporânea, os princípios que usávamos para compreender arte já não são mais os mesmos. Segundo, Cristina Freire, na arte conceitual, vivemos um momento marcante na história da arte contemporânea, e, de modo geral, operamos na contramão dos princípios que norteiam a obra de arte, a saber:

“Em vez de permanência, a transitoriedade; a unicidade se esvai frente à reprodutividade; contra a autonomia, a contextualização; a autoria se esfacela frente às poéticas de apropriação; a função intelectual é determinada na recepção.”

Podemos dizer que, quando tratamos de arte conceitual, falamos de muito mais do que formas, materiais e técnicas, que a ideia é mais importante do que o fazer artístico ou o próprio objeto artístico; “as ações, situações e performances espalham-se pelas cidades”¹. A figura do espectador é parte importante para a constituição da obra e que artista, cuja função fica diluída nessa nova relação. Artista e espectador dividem espaço de forma a dar sentido à obra. O próprio entendimento de tempo e espaço fica subvertido, como, por exemplo, na performance, instável no tempo, ou da instalação, transitória no espaço.

No caso da arte brasileira e latino-americana, a arte conceitual foi demarcada por um período na história da arte contemporânea, durante os anos 60 e 70, cujo foco de atenção concentrou-se mais no viés político e social, muito em função do contexto vivido em vários países no período, que era de ditaduras violentíssimas que tentavam de todas as formas frustrar as iniciativas de expressão democráticas, resultando daí, “um ativismo político de conteúdo utópico”¹ bastante forte.

Qual o sentido da educação hoje?





No mundo contemporâneo os desafios são inúmeros e a educação, como não poderia deixar de ser, é reflexo desses desafios. Vivemos um tempo de medos e inseguranças, em que a cada novo dia, enfrentamos questões antes impensáveis. O que antes era exceção, hoje é regra. O estranhamento é a rotina. Não sei ao certo se nosso modo cotidiano de viver se sustentará até eu acabar de digitar esse texto. Exagero? Não creio. Na velocidade em que as descobertas e inovações tanto tecnológicas quanto biológicas avançam, penso que não é exagero afirmar isso que digo nesse momento. O que está valendo hoje, não necessariamente valerá amanhã. Se isso deixa professores, adultos inseguros, imaginem, crianças e adolescentes que nasceram e crescem nessa lógica. Nas palavras da professora Carla Rodrigues, “Em estado de puro estranhamento, os olhos têm as pupilas dilatadas quando suportam ver, escutar e dizer diante dos movimentos velozes que arrebatam os modos cotidianos de estar no mundo.” Como fica a educação nessa nova ordem mundial? Difícil responder à essa questão, penso que temos mais dúvidas do que certeza, mas, podemos ter “pescar” algumas pistas no trecho abaixo:

“Uma educação menos do macro e mais do micro, includente de cuidados éticos com os outros e cuidados estéticos consigo. Quer queira-se, quer não, vive-se neste tempo. Tempo de muitos acontecimentos que nos tiram do lugar comum: tempos de pânico, de velocidade, de ansiedade, de solidão, de AIDS, de famílias anucleadas, de câncer, de células-tronco, de telefonia celular, de clonagens etc. Tempo em que crianças são jogadas por janela de edifício, em que políticos carregam dinheiro escondido em suas vestimentas íntimas. Pulula a conhecida indagação com indignação: O que estamos fazendo de nós mesmos? Que seja possível, para cada um de nós, arquitetar um corpo sensível para os acontecimentos deste tempo. Corpo este com fendas para perceber os efeitos das sensações que nele vão surgindo, por meio das relações estabelecidas com as matérias que o põem em agitação. E, assim, reconfigurar formas de vida a partir daquilo que lhe desestabiliza! Perspectivas e limites...”




sábado, 8 de outubro de 2011

The Dalí Theatre-Museum





Adorei a ideia da visitação virtual ao
The Dalí Theatre-Museum . Acredito que os alunos vão adorar, pois eles, muito mais do que nós, adultos, tem muita familiaridade com a internet, e com o mundo virtual. Vou utilizar a sugestão, assim como a ideia de trabalhar com a imagem da Face de Mae West. Ela é perfeita para a ideia que eu tinha de construção, desconstrução, ciração e recriação de um cenário surrealista.
Obrigada pelas dicas, professora.
Namastê Sônia Maris

Interdisciplinaridade na 8ª Bienal: Cadernos de Viagem

Recortes dos Cadernos de Viagem - 8ª Bienal do Mercosul
01/10/2011

“Vivemos a era inter. Estamos vivendo um tempo em que a atenção está voltada para a

internet, interculturalidade, a interatividade, a interação, interrelação, a interdisciplinaridade e a integração das artes e dos meios, como modos de produção e significação desafiadores.” ¹

Muito embora eu perceba que a interdisciplinaridade nas obras da 8ª Bienal estivesse bastante explícita na sua grande maioria, principalmente em função da temática, senti um pouco de dificuldade em entender a proposta do fórum e, talvez por esse motivo, não participei efetivamente.

Primeiramente, imaginei que a discussão seria em torno das obras, como cada uma delas, dentro de cada roteiro, dialoga com as outras. Vi inúmeras ligações, a partir do meu roteiro que era Cadernos de Viagem, que iam da questão territorial envolvendo desde o deslocamento do artista até a região visitada e que serviria de mote para sua obra, até as questões antropológicas que articulariam o ser humano e a cultura-comunidade em que estão inseridos. Em como o artista (invasor?) percebeu cada uma dessas regiões visitadas, no que ele recolheu de significante desses espaços, das relações afetivas que se estabeleceram e que permitiram que o artista pudesse fazer a leitura de cada um desses lugares. Outro ponto que me atraiu no Caderno de Viagens foi a questão do registro, das “anotações”, do como o suporte utilizado pelos artista foi variado (vídeos, fotos, desenhos, objetos, terra, pedras, as anotações textuais, etc) e a questão das “interferências” provocadas em cada espaço por onde eles passaram. O cuidado que eles tiveram na aproximação, o carinho demonstrado nas exposições locais, o respeito com as comunidades. Penso que todo viajante que pretendesse de fato entender o lugar visitado poderia aprender muito com esse componente da 8ª Bienal.

Em segundo lugar, ao ler as colocações das colegas no fórum e da tutora é que pude perceber (problema de leitura meu) que a ideia era bem outra, que na verdade, a proposta era ver a interdisciplinaridade a partir do olhar do professor e da escola, que deveríamos anotar as possibilidades de leitura a partir de disciplinas específicas do espaço escolar (geografia, história, filosofia, literatura...). Respeito isso, porém, não fiz essa leitura e como o fórum já encerou mesmo, deixo minhas divagações para quem sabe no próximo fórum participar efetivamente.

Namastê

Sônia Maris

¹ANA MAE em Arte na Educação: InterterritorialidadArte Interterritorialidade

refazendo interdisciplinaridade disponível em http://portal.anhembi.br/sbds/pdf/24.pdf

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Kossoy

Boris Kossoy: simplesmente genial
Icônica

“contemporâneo é aquele que mantém fixo o olhar no seu tempo, para nele perceber não as luzes, mas o escuro. (…) o contemporâneo é justamente aquele que percebe o escuro do seu tempo como algo que lhe concerne e não cessa de interpelá-lo, algo que, mais do que toda a luz, dirige-se direta e singularmente a ele. Contemporâneo é aquele que recebe em pleno rosto o facho das trevas que provém do seu tempo”.


Giorgio Agamben

Vejam mais em Boris Kossoy

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Cerimônia do Chá- 8ª Bienal do Mercosul 1º de outubro de 2011



Arte e espiritualidade, tradição e modernidade, o efêmero e o permanente, arte contemporânea e arte milenar, o natural e o cultural...Paradoxos que se completaram, mesmo que por breves instantes, nessa 8ª edição da Bienal do Mercosul, durante a realização da Cerimônia do Chá.

Professores e alunos do curso de Arte Visuais, imbuídos do mais puro sentimento de grupo, reunidos para tomar um chá às margens do Guaíba.

Deixando de ser público e passando a ser artista, uma performance, atores de uma cerimônia, passageira, interativa, um cenário belíssimo, o rio, que é um lago, que nos contemplava enquanto nós o contemplávamos...Sentimentos que se misturavam: harmonia, respeito, pureza e tranqüilidade. Cada um de nós, com suas diferentes crenças, saiu renovado, fortalecido.

Namastê

Sônia Maris

Surrealismo - Caixa de Sonhos: Universos (Im)Possíveis