Caixa de Pandora

terça-feira, 20 de abril de 2010

A Porta do Inferno

A porta do Inferno, Auguste Rodin, século XIX-XX, Museu Rodin, Paris,
Em Gesso 576 X 380 X 130 cm


Apesar de o forte do Impressionismo ser a pintura, escolho como representante desse período o escultor Auguste Rodin. Faço essa escolha, primeiro por não ser muito óbvia e repetitiva e segundo por uma questão de apreciação pessoal mesmo.

A escultura do final do século XIX tentou de maneira brilhante renovar sua linguagem baseando-se nos conceitos da fusão da luz e das sombras, na visibilidade a obra pelo maior número possível de ângulos e, na questão que julgo mais interessante da escultura, a obra inacabada. A temática das esculturas do período impressionista, tal qual na pintura, baseiam-se no cotidiano e, no caso do Rodin, na literatura clássica da época.

A obra que escolhi para ilustrar essa reflexão é “O Portal do Inferno”, obra inacabada em Gesso que o escultor Auguste Rodin começou a fazer como uma encomenda e que serviu de base para outras obras, como “O beijo”, o “Pensador” e “As Três Sombras”, obra que esteve em São Paulo para uma breve exposição ano passado.







Auguste Rodin executou esta monumental escultura de grupo, que em 1880 foi encomendado para o Museu de Artes Decorativas de Paris. O projeto seria entretanto cancelado e o escultor foi trabalhando com essa porta até a sua morte em 1917. Ela mede 6 metros de altura, 4 de largura e 1 de profundidade e contém 180 figuras. A iconografia é baseada na Divina Comédia de Dante e do poema de Baudelaire "As Flores do Mal". Rodin só fez uma versão em gesso e após a sua morte três cópias foram feitas em bronze que estão em diferentes museus. Um trabalho que é simplesmente impressionante.

Vídeo disponível em

http://mais.uol.com.br/view/wgqk25yv4e94/detalhes-de-os-portoes-do-inferno-de-rodin-gesso-04023172C4C173E6?types=A

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