Caixa de Pandora

domingo, 21 de março de 2010

Nicho Poiético

Nicho Poiético

Primeira dúvida: o que será um Nicho Poiético? Numa leitura apressada poderíamos confundir poiético com poético. Corretíssimo. Pra evitar essa confusão, realizei uma pequena pesquisa sobre o termo e descobri algumas coisas interessantes:

Pelo que pude apurar poiética deriva da palavra Poiesis, um termo cunhado por Aristóteles. POIESIS é uma palavra de origem grega que significa ação de fazer algo, aquilo que desperta o sentido do belo, que encanta e enleva. Segundo Aristóteles, POIESIS se refere a uma ação particular do homem: o ato de fabricar. Tanto que, ciências produtivas também são conhecidas como ciências poiéticas.

Feito esse pequeno esclarecimento, vamos ao Nicho Poiético:

Uma bolsa velha, símbolo de minha vida de professora que leva a casa dentro da bolsa vai servir de Nicho Poético. A bolsa ganhei de um ex-aluno, que achou que minha bolsa anterior estava muito pequena para carregar tanta coisa. O desenho que a ilustra foi feito por mim mesma a partir de tirinhas da Mafalda que eu amo.

O recheio da bolsa-nicho, os objetos auto-biográficos:

Uma máquina fotográfica reflex antiga, ainda com filme, que uso pouco hoje, mas que já serviu muito e me ajudou a ver o mundo de outra maneira.

Um livro do Ignácio de Loyola Brandão que funcionou como um soco no estômago na época de seu lançamento, uns 25 anos atrás, pois já alertava sobre onde iríamos parar devido às mazelas da devastação do meio ambiente. Emblemático, profético. Recomendo sua leitura a todos.

Um colar de orações budista. Japa Mala, com suas 109 contas e que serve de apoio espiritual para os momentos mais diversos possíveis: sejam eles de agradecimento ou de temor.

Penas de gaivota que encontrei na beira da praia e guardei para fazer um filtro dos sonhos. Gosto de pensar nos lugares que possivelmente essa gaivota teria passado durante sua existência, as paisagens que viu, os cheiros que sentiu, as distâncias que percorreu...

Uma coruja de cerâmica, um símbolo da sabedoria, vinda de Machu Pichu, a cidade perdida dos Incas, no Peru. Creio que tem uma relação direta com esse momento que vivemos agora: estudo, aprendizagens, experimentações, crescimento...


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