Caixa de Pandora

domingo, 30 de setembro de 2012

AVA (ambiente virtual de aprendizagem)



 
Antes de aprofundar os estudos em Ambientes Virtuais de aprendizagem (AVA), temos que considerar que são sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação, e que são amplamente utilizado nos meios acadêmicos por:

 “(...)educadores, comunicadores, técnicos em informática e indivíduos envolvidos com a interface educação e comunicação, mediados pela tecnologia das redes telemáticas de informação e comunicação. (...) Os AVAs priorizam a aprendizagem colaborativa, a construção compartilhada do conhecimento, a interatividade, a subjetividade, a autonomia e o desenvolvimento de uma consciência crítica nos estudantes”¹

Feita essa primeira leitura, passemos aos espaços que utilizamos atualmente e, por fim, aos que podemos agregar às nossas práticas como professoras de arte. No mundo contemporâneo não é mais possível pensar em arte e educação sem o uso da tecnologia. A cada dia somos brindados com os mais diversos aplicativos, online ou não, que podemos usar integralmente ou apenas de forma eventual para alguma atividade relacionada às nossas práticas diárias.
Impossível não pensar, primeiramente, nas ferramentas que já utilizamos, muito especificamente, nas facilidades que as redes sociais (facebook, por exemplo) nos possibilitam, na comunicação instantânea com que podemos estabelecer com nossos alunos, nas trocas de informação e conhecimentos, por intermédio de vídeos, textos, imagens, indicação de sites, jogos, e até através de discussões acaloradas em determinados grupos de discussão que podem ser criados. Indispensável ferramenta, que se bem utilizado pode render muitos benefícios aos seus usuários. Compartilhar é a palavra chave nesse tipo de ambiente virtual, a aprendizagem fica por conta da seleção feita para tais espaços. O ponto negativo que esse espaço pode ter seria a facilidade de se perder na navegação por outras “águas”... Porém, até essa “errância” faz parte do processo, pois afinal de contas, não foram as derivas que trouxeram os seres humanos  até os dias atuais?
Também, com muito espaço para criação e expressão, penso em blogs, fotologs e sites que podemos criar junto com nossos alunos, organizado por tema ou por área de interesse. Cada vez mais populares e de fácil manuseio, acredito que, se bem utilizado, pode ser um maravilhoso espaço de aprendizado. Nele, assim como nas redes sociais, podemos inserir vídeos, fotos, textos, criar fóruns de discussões temáticas, ou mesmo abrir janelas sincronizadas ao twitter, para comunicação instantânea.
Um pouco mais complexo e, talvez, com um caráter mais “educativo”, é o espaço MOODLE, utilizado por nós no curso de Artes Visuais, e que pode ser baixado gratuitamente² pela Internet, e adaptado para utilização tanto na escola de forma coletiva, como em algum curso ou atividade específico. Fácil de baixar e instalar, leve e adaptável às mais diversas necessidades, com espaços bastante didáticos e de fácil compreensão, possui todos os recursos necessários para um planejamento de médio ou longo prazo. A grande desvantagem que vejo nesse ambiente virtual de aprendizagem é que com o tempo, se mal utilizado, pode se tornar repetitivo e cansativo, o quê para quem trabalha com adolescentes, seres muito intensos e pouco afeitos às rotinas, pode ser fatal para qualquer projeto.
O mais interessante ambiente virtual de aprendizagem que utilizo em sala de aula, atualmente, é o Google ArtProject³, espaço colaborativo que reúne museus espalhados pelo mundo todo, oferecendo visitas virtuais em diversas das suas salas, podendo ainda visualizar algumas das obras de arte disponíveis em imagem de alta resolução. O sistema semelhante ao Street View possibilita a visualização de quadros, ilustrações, fotografias, esculturas, etc., um banco de dados com informações das obras, dos artistas e dos museus. De fácil navegação, seu acervo virtual não para de crescer, e a cada semana se têm notícias de mais um museu que adere ao projeto. Para acesso às obras o visitante pode escolher percorrer os museus virtuais por diferentes caminhos: coleções (mapa mundi), artistas, obras de arte ou ainda galerias dos usuários. Essa última opção, galeria de usuários, permite que você crie sua “coleção” particular de obras. O tour virtual é semelhante ao Google Street View, podendo o usuário mudar o ângulo de visão de cada sala visitada, circulando pelos ambiente de forma muito próxima do real.
De forma muito resumida e não querendo esgotar o tema, penso que todo e qualquer ambiente virtual de aprendizagem pode vir a ser utilizado em sala de aula como auxiliar do professor de artes visuais, desde que faça parte de um planejamento adequado ao tipo de conhecimento que o professor deseja trabalhar. Dito de forma acadêmica os Ambientes Virtuais de Aprendizagem “permitem integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir determinados objetivos.”

Referências:
Maio, Ana Zeferina Ferreira. Da janela da alma ao ciberespaço: ambiente virtual de aprendizagem em artes visuais. Disponível em
²MOODLE. Disponível em
³Google ArtProject. Disponível em
Almeida, Maria Elizabeth Bianconcini. Ambiente Virtual de Aprendizagem. Wikipedia.

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