Antes de aprofundar os estudos em Ambientes Virtuais de
aprendizagem (AVA), temos que considerar que são sistemas computacionais
disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas
tecnologias de informação e comunicação, e que são amplamente utilizado nos meios acadêmicos por:
“(...)educadores,
comunicadores, técnicos em informática e indivíduos envolvidos com a interface
educação e comunicação, mediados pela tecnologia das redes telemáticas de informação e comunicação. (...) Os AVAs priorizam a
aprendizagem colaborativa, a construção compartilhada do conhecimento, a
interatividade, a subjetividade, a autonomia e o desenvolvimento de uma
consciência crítica nos estudantes”¹
Feita essa primeira leitura, passemos aos espaços que
utilizamos atualmente e, por fim, aos que podemos agregar às nossas práticas
como professoras de arte. No mundo contemporâneo não é mais possível pensar em
arte e educação sem o uso da tecnologia. A cada dia somos brindados com os mais
diversos aplicativos, online ou não,
que podemos usar integralmente ou apenas de forma eventual para alguma
atividade relacionada às nossas práticas diárias.
Impossível não pensar, primeiramente, nas ferramentas que
já utilizamos, muito especificamente, nas facilidades que as redes sociais (facebook, por exemplo) nos possibilitam,
na comunicação instantânea com que podemos estabelecer com nossos alunos, nas
trocas de informação e conhecimentos, por intermédio de vídeos, textos, imagens,
indicação de sites, jogos, e até através de discussões acaloradas em
determinados grupos de discussão que podem ser criados. Indispensável
ferramenta, que se bem utilizado pode render muitos benefícios aos seus usuários.
Compartilhar é a palavra chave nesse tipo de ambiente virtual, a aprendizagem
fica por conta da seleção feita para tais espaços. O ponto negativo que esse
espaço pode ter seria a facilidade de se perder na navegação por outras “águas”...
Porém, até essa “errância” faz parte do processo, pois afinal de contas, não foram
as derivas que trouxeram os seres humanos até os dias atuais?
Também, com muito espaço para criação e expressão, penso
em blogs, fotologs e sites que
podemos criar junto com nossos alunos, organizado por tema ou por área de
interesse. Cada vez mais populares e de fácil manuseio, acredito que, se bem
utilizado, pode ser um maravilhoso espaço de aprendizado. Nele, assim como nas
redes sociais, podemos inserir vídeos, fotos, textos, criar fóruns de discussões
temáticas, ou mesmo abrir janelas sincronizadas ao twitter, para comunicação instantânea.
Um pouco mais complexo e, talvez, com um caráter mais “educativo”,
é o espaço MOODLE, utilizado por nós no curso de Artes Visuais, e que pode ser
baixado gratuitamente² pela Internet, e adaptado para utilização tanto na
escola de forma coletiva, como em algum curso ou atividade específico. Fácil de
baixar e instalar, leve e adaptável às mais diversas necessidades, com espaços
bastante didáticos e de fácil compreensão, possui todos os recursos necessários
para um planejamento de médio ou longo prazo. A grande desvantagem que vejo
nesse ambiente virtual de aprendizagem é que com o tempo, se mal utilizado,
pode se tornar repetitivo e cansativo, o quê para quem trabalha com
adolescentes, seres muito intensos e pouco afeitos às rotinas, pode ser fatal
para qualquer projeto.
O mais interessante ambiente virtual de aprendizagem que
utilizo em sala de aula, atualmente, é o Google ArtProject³, espaço
colaborativo que reúne museus espalhados pelo mundo todo, oferecendo visitas
virtuais em diversas das suas salas, podendo ainda visualizar algumas das obras
de arte disponíveis em imagem de alta resolução. O sistema semelhante ao Street
View possibilita a visualização de quadros, ilustrações, fotografias,
esculturas, etc., um banco de dados com informações das obras, dos artistas e
dos museus. De fácil navegação, seu acervo virtual não para de crescer, e a
cada semana se têm notícias de mais um museu que adere ao projeto. Para acesso às
obras o visitante pode escolher percorrer os museus virtuais por diferentes
caminhos: coleções (mapa mundi), artistas, obras de arte ou ainda galerias dos
usuários. Essa última opção, galeria de usuários, permite que você crie sua “coleção”
particular de obras. O tour virtual é semelhante ao Google Street View, podendo
o usuário mudar o ângulo de visão de cada sala visitada, circulando pelos
ambiente de forma muito próxima do real.
De forma muito resumida e não querendo esgotar o tema,
penso que todo e qualquer ambiente virtual de aprendizagem pode vir a ser
utilizado em sala de aula como auxiliar do professor de artes visuais, desde
que faça parte de um planejamento adequado ao tipo de conhecimento que o professor
deseja trabalhar. Dito de forma acadêmica os Ambientes Virtuais de Aprendizagem
“permitem integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar
informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e
objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir
determinados objetivos.”
Referências:
Maio,
Ana Zeferina Ferreira. Da janela da alma ao ciberespaço: ambiente virtual de
aprendizagem em artes visuais. Disponível em
²MOODLE. Disponível em
³Google ArtProject. Disponível em
http://www.googleartproject.com/?utm_source=pt-BR-ha&utm_medium=Search&utm_campaign=Googleartproject
Almeida,
Maria Elizabeth Bianconcini. Ambiente Virtual de Aprendizagem. Wikipedia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário