Caixa de Pandora

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Fórum "low tech e high tech" neusa vinhas




 
Buscando em nossas “ralas” pesquisas e numa compreensão  “minimalista” da cultura digital, nos deparamos com  alguns estranhamentos...São constantes e caminham com nossa condição de  professor e de estudante em  processo.
Nestas reflexões não estão presentes em nenhuma hipótese, a lamentação.
Percebemos esta dinâmica contemporânea que nos surpreende e  que  nos coloca em  algumas situações  de “alienação” como um fenômeno irreversível.Estas novas perspectivas , estas formas diferentes de criação artística  são surpreendentes ...
Mas...
 Quais meios digitais­  podem ser considerados arte?
Como podemos “perceber” os artistas?
Todos podemos ser artistas digitais?
O que caracteriza a arte digital?Basta usar meios digitais?
A arte digital é uma categoria diferente das artes?
Enfim...as questões  são diversas.
Não temos intenção de sistematizar  estas questões, mas nos aproximar de uma reflexão neste contexto  inédito.
O que é real e o que  é virtual? Nos importa esta “separação”? Compromete o sentido ou a linguagem?
“ O virtual é cada vez mais uma dimensão do real”, nos afirma  Giselle Beiguelman, curadora da exposição 3M Mostra de Arte Digital.Ela nos coloca sobre a realidade de nosso cotidiano  e  sobre as inúmeras instâncias do real que é mediado pelos meios digitais e pelas redes nas diversas manifestações.Este “ato cultural interativo” nos coloca em redes, é delocalizada, implica além de um para um, mas de milhares para milhares.A curadora nos remete também a reflexões sobre a estética possível ,sobre a efemeridade das obras e sobre o processo de interação.A interação, esta ação inovadora é real e irreversível onde os artistas procuram estimular formas de reflexão sobre “a cultura digital “no século 21.
Com as  investigações da colega Soniamaris  e nas suas importantes reflexões  imbricadas com um tempo de “Eu”,somos convidados  a pensar esta comunicação  instantânea , a conectividade global e nos aproximar deste “simulacro virtual”.
Fragmento da postagem da colega Soniamaris...
Nada de “passividades...”
“A obra nos faz pensar sobre nossa própria condição humana. Se por um lado a obra nos oferta a possibilidade de pensarmos sobre a nossa passividade frente às mídias e ao mundo e em quanto as mudanças dependem de nossa real atuação no mundo; por outro nos deixa também expostos à nossa própria imagem como protagonistas, centro do “universo”, pela forma exibicionista e egoísta com penetramos na tela, curtindo nosso momento de “celebridade” na telinha da TV, visualidade que se dá através de nossa voz. A arte e a vida se imbricando, literatura e arte, som e imagem, “integração estética entre o low e high tech e a ciência de ponta e a ciência de garagem”, tecnofagia.”Referências


Se o espírito cibernética constitui a atitude predominante da era moderna, o computador é a ferramenta suprema que sua tecnologia tem produzido. Utilizado em conjunto com materiais sintéticos, pode ser esperado para abrir caminhos de mudança radical e invenção na arte. "

Roy Ascott

Considerando a obra que pesquisamos, e as informações que buscamos  em “ Crepúsculo dos Ídolos” de Jarbas Jacome, lendo as  buscas de outras colegas , torna-se impossível não pensar na paródia.Friedrich Nietzsche, fez paródia da obra de Wagner,Crepusculo dos Deuses, e o artista contemporâneo, com uma estética digital novamente nos remete a obra inicial.
Mas penso sobre “autorias”.Um olhar importante nas fotografias, nas músicas ,  na dança ou outras linguagens atuais  onde somos como nos diz Mirian Celeste Martins, “fabricantes de sentido”.
Que olhar é despido do outro?
Manipular, mexer, buscar outros textos...referenciar...quem é autêntico? Ou,   é relevante esta “originalidade”? Há “imagens de segunda mão”, ou  obras?
Um sinal contemporâneo seria, “subverter modelos e desarticular os referenciais?”
Poderíamos buscar Boltanski para “afirmar um certo  estado das coisas?”
Poderíamos “não” pensar em John Cage, o artista de maior influência na formação cultural digital como hoje entendemos segundo verbete da Wikipédia?
As práticas inovadoras de Cage – Silent Piece, de 1952 – abriu espaço para a interação e a multimídia?
As linguagens da arte são percebidas, apresentadas e “fruídas”  juntas, misturadas, inseparáveis...a música, a dança, o visual  e o cênico..
Estas linguagens “mescladas”,misturadas ou indissociáaveis, esta realidade  real ou virtual apresenta-se em muitas obras.
-Coreografia Digital – estudos para o corpo de silício – uma videodança de Sarah Ferreira

-Cubo – Uma brincadeira sobre o lado de dentro e o lado de fora inspirada nos conceitos de “A Lógica do Sentido”, de Gilles Deleuze e no universo  de Alice de Lewis Carrol.
Referências

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