Caixa de Pandora

sábado, 27 de novembro de 2010

MASP visita ao site

Pesquisar as obras de arte do acervo do MASP é muito gratificante. Fica a dica. Acesse o MASP e confira. Lá você pode encontrar suas obras e artistas favoritos por ordem alfabética e explorar detalhes das obras em questão. Boa "viagem".

domingo, 7 de novembro de 2010

"A aventura de um fotógrafo"


Bernard Plossu

"(…) já está no terreno de quem pensa que tudo o que não é fotografado é perdido, que é como se não tivesse existido, e que então para viver de verdade é preciso fotografar o mais que se possa, e para fotografar o mais que se possa é preciso: ou viver de um modo o mais fotografável possível, ou então considerar fotografáveis todos os momentos da própria vida. O primeiro caminho leva à estupidez. O segundo, à loucura."


Trecho do conto “A aventura de um fotógrafo”, de Ítalo Calvino.

sábado, 6 de novembro de 2010

tecnologia a serviço da Arte

ARTE CONTEMPORÂNEA geração de 80




Muito devemos a esse período riquíssimo da arte no Brasil. Vivíamos uma época de abertura política e tudo parecia possível. Isso podia ser percebido na "explosão de cores" que tomou conta da arte produzida no período. A exposição "Como vai você, Geração de 80?" realizada na Escola de Artes do Parque Lage, no Rio de Janeiro, reflete este espírito de democracia. Entre os artistas que fizeram parte desse momento histórico e cultural destaco Jorge Guinle, Beatriz Milhazes, e Alex Vallauri. Algumas obras desses e de outros artistas podem ser conferidos no ARTE GERAÇÃO 80.
P.S. Talvez o link não esteja abrindo corretamente, então tentem o GERAÇÃO DE 80.






sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O melhor mundo possível



Acredito que o que nos diferencia dos animais é a capacidade de pensar, sentir e expressar nossos sentimentos através da linguagem. Penso que foi basicamente isso que nos levou a criar ferramentas indispensáveis para sairmos da era das trevas e nos inserirmos no mundo da cultura. Evoluímos vertiginosamente. De tempos em tempos, mesmo que muitos não aceitem imediatamente damos saltos tecnológicos impressionantes que nos capacitam a resolver problemas de toda ordem. A tecnologia da informação (TIC) é uma dessas ferramentas criadas pelo gênio humano. Diria até que muito mais do que simplesmente uma ferramenta, a tecnologia da informação, com seus múltiplos usos, pode ser considerada uma nova linguagem e quem não consegue dominá-la minimamente está sendo privado de uma gama de conhecimentos que poderiam auxiliar na construção de uma vida melhor.

As TICs facilitam a comunicação, aproximam pessoas de diferentes regiões do planeta, conectando-as e possibilitando que trabalhem de forma cooperativa em diferentes projetos de forma imediata e simultânea. Idéias são feitas para circularem, quando mais, melhor. Mesmo que a tecnologia não resolva todos os nossos problemas, hoje em dia, é impensável vivermos sem acesso a rede mundial de computadores. Vejo a Internet como uma fonte de pesquisa acessível, com uma pluralidade de idéias e valores que possibilitam um crescimento pessoal muito acelerado. Preconceitos são rapidamente derrubados, notícias são acessadas em tempo real, vivemos um tempo de conexão total, seja pelos celulares, cada dia mais equipado, seja pelos notebooks ou pelos PCs nas salas de informática.

Estamos longe do mundo ideal. As desigualdades ainda são muitas e algumas dificuldades são inerentes a qualquer processo. O acesso ao mundo digital, infelizmente, ainda é um privilégio de poucos. Muito já se avançou nesse sentido, porém ainda estamos longe do que pode ser considerado o ideal. As questões que contribuem para esse atraso tecnológico são muitas e vão do mais simples ao mais complexo. Temos desde a mais elementar falta de energia elétrica estável nas escolas até a mais ampla falta de redes wireless que possibilitaria a conexão Internet sem fio, e esses são apenas alguns dos impedimentos da democratização do acesso à tecnologia digital.

O professor nesse labirinto de dificuldades vai driblando os problemas à medida que surgem. Faz muito com o que lhe é disponibilizado, faz pouco frente ao que se sonha. O que não podemos é ficar paralisados diante dos obstáculos. Sempre podemos achar um caminho para possibilitar aos nossos alunos o acesso ao mundo digital. Se não a todos o tempo todo, pelo menos de forma gradual e escalonada a pequenos grupos nas salas de aula. Não existindo uma sala de informática ideal, podemos levar nossos notebooks para a sala de aula e possibilitar que aos poucos os alunos se familiarizem com a ferramenta e as possibilidades que ela abre. Também é possível conectar nossos notebooks com Internet 3G a um monitor de TV com uma tela maior para que todos possam acompanhar algum site interessante, um trailer de um filme, uma pesquisa em uma galeria de imagens, visitar algum museu virtual... As possibilidades são imensas, desde que se tenha um pouco de boa vontade e alguma disponibilidade de tempo.

Não se trata de desprezar todo o trabalho presencial e concreto utilizado até então pelos professores, mas de potencializar os diferentes recursos a nossa disposição para que as aulas sejam mais criativas, dinâmicas e significativas para nossos alunos. Penso, hoje, ser perfeitamente possível aliar o concreto ao virtual, o objetivo ao subjetivo, questões de leitura e interpretação de textos escritos ou visuais com o mundo vivido pelo aluno, seja ele de uma grande capital como Porto Alegre ou de uma pequena cidade da periferia como Alvorada. A tecnologia nos permite ultrapassar algumas barreiras que até bem pouco tempo pareciam intransponíveis. O uso significativo e de qualidade de todo esse aprendizado adquirido tanto na nossa experiência concreta, real, palpável quanto no curso de Artes Visuais, virtual e a distância depende de nossa capacidade de perceber tanto as necessidades de nossos alunos quanto às seqüências didáticas que podemos trabalhar em cada nível, fazer a devida transposição didática, adequando o apreendido aos objetivos específicos de cada grupo de alunos de cada etapa de desenvolvimento desses mesmos alunos. Penso que tendo um mínimo de clareza do que desejamos e estando abertos a mudar e ajustar sempre que houver necessidade estaremos muito próximos de conseguirmos que nossos alunos se interessem por arte tanto quanto se interessam por outros conhecimentos presentes na escola e fora da escola. O limite entre o sucesso e o fracasso pode ser tão tênue quanto uma bolha de sabão. É uma tarefa bastante difícil, mas, como já falamos em outros espaços, não é impossível.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

56ª Feira do Livro de Porto Alegre

Em tempos de leituras de imagens, da muita leitura de material disponibilizado via internet...dá uma saudade louca do papel...do bom é velho livro tradicional...
Então a dica da semana, melhor, a dica do mês de novembro que está para começar são os 15 dias de Feira do Livro...Eu vou me esbaldar de tanto andar pelas barracas da Feira...Leio tudo que me cai nas mãos... compro algumas preciosidades nos balaios...assisto shows...revejo bons amigos...curto as flores dos jacarandás...tomo um chimarrão sentada ao lado do Mario e do Drummond...sou viciada em Feira do Livro. Quem quiser saber mais sobre a Feira entra no site da Feira do Livro e confira a programação.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Como Apreciar a Arte

"Ver é uma aprendizagem como qualquer outra. Só se vê aquilo que se olha."

(Armindo Trevisan)

O livro que estamos estudando em Leitura da Imagem: “Como apreciar a Arte” de Armindo Trevisan está on-line pelo Google Books. Fica como sugestão para leitura nas férias...

Por enquanto o jeito é ler as sínteses disponibilizadas pelas professoras e tutoras dentro do ambiente MOODLE.

Outra opção, para aqueles que, assim como eu, adoram um papel, só que bem menos acessível, é comprar o livro. Na Cultura do Bourbon Country custa R$49,00, se tiverem o cartão MaisCultura tem desconto. Porém, em tempos de ecologia a pleno e economia dos nossos parcos recursos, fico com o digital mesmo.

domingo, 24 de outubro de 2010

Pedra, flor e espinho

inspiração para poesia concreta...

70 Milllion- Tranformações



Qual o artista que aparece no início no meio e no final do video?

Confesso de que de início não havia percebido a “Noite Estrelada...” no fundo a primeira imagem...Somente depois da colega Lauralice atentar para esse fato é que olhei com mais atenção...Julgava que o céu aparente era sem intenção. Ledo engano! Ao que parece, nada em se tratando de arte é por “acaso”, tudo que compõe uma obra de arte é intencional, e como tal, esse céu não estava ali por acaso... Que bom! Aprendemos com isso a ter mais atenção e também que as percepções nem sempre são as mesmas...e que devemos respeitar essas diferentes percepções e tentar aprender com elas.

As obras de Vicent Van Gogh que aparecem no início , meio e fim do vídeo “70 million” são:

"Noite Estrelada sobre Ródano"-1888

"Quarto em Arles" – 1888

"Vaso com Doze Girassóis" - 1888

"Autorretrato com a Orelha Cortada" – 1889

Ao separar as obras deste artista verifica-se que todas foram realizadas no mesmo ano e tratam de temas muito distintos. Qual a transformação que está sendo anunciada pelo conjunto destas obras?

Ou, o que poderiam significar estas obras em relação a existência do ser humano?

As características que aparecem nessas obras anunciam rupturas de representação, antes ditadas pela burguesia, sob influência do meio político, religioso e cultural. Com o advento da Revolução Industrial e dos movimentos sociais, os artistas manifestam-se através de suas obras, demonstrando seus anseios e sentimentos, com estilos diferentes, porém buscando sempre a liberdade de expressão e de criação artística. Van Gogh era um homem do seu tempo, vivia intensamente, de forma arrebatadora, seus des-amores, as brigas com a família, os amigos, a incompreensão, a mutilação, as angústias, a “loucura” e o suicídio...

Encontre as obras que correspondem a década de 60, que marcam justamente o movimento de contracultura, definindo uma nova transformação cultural - estariam significando outro renascimento? Que renascimento é este? E como foi desdobrado este novo renascimento dentro do video?

Creio que as duas grandes obras representadas nessa linha do tempo que marcam profundas mudanças conceituais na história da arte e da cultura ocidental são “O filho do homem” de René Magritte, representante do Surrealismo, exploração da arte pelo inconsciente, do homem anônimo que se apresenta diluído em um mundo que já não se compreende mais, que questiona os valores impostos pela sociedade industrial que massifica e despersonaliza os seres humanos transformando-os em seres sem rosto, sem identidade; e a obra “Marilyn Monroe” de Andy Warhol, representante da Contracultura, através da Pop Art - questionava arte, mídia e consumismo. Apontando uma nova forma de ser e se relacionar com o mundo e com as “coisas”.

Qual a figura central desse outro renascimento? Relacione as obras em que esta figura aparece como centro.

De forma diferentes, creio que ambos artistas buscam o resgate do humano, do retorno ao que deveria ser o mais importante: o humano que ainda existe em cada um de nós, sem máscaras, sem subterfúgios, sem que nos tornemos “mais um” na massa de iguais, mas que sejamos únicos, diferentes, um ser “ímpar”.

Bem, toda a nossa conversa neste forum enfatiza a presença da arte no mundo como constituída pelo seu próprio tempo, ou como diz Merleau-Ponty "a arte é por um lado um ato essencialmente poético e por outro é uma escolha do artista condicionada temporalmente".

Queremos enfatizar com isso a importância da arte no desenvolvimento do ser humano aliada a reflexão sobre o desenvolvimento do ser humano no mundo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cronos, o inexorável


"Cronos devorando um de seus filhos"
Goya, 1819-1823

Tempo sempre foi um artigo muito caro...
Hoje, mais ainda, onde a urgência dessa vida pós-moderna atropela a todos de forma desumana.
Penso na metáfora que essa obra de Goya mostra de maneira muito explícita e na forma como venho me sentinho ultimamente: impotente, frustrada, cansada, sendo devorada pelo tempo implacável...
Não curto mais as coisas que sempre gostei...
Não faço mais coisas que me davam um prazer imenso...
Só trabalho, estudo, trabalho, estudo... ad infinitum
Mesmo o estudo, fonte inesgotável de prazer, anda sem sentido em função de sua velocidade...
Penso se não foi um erro...
Penso em desistir...
Penso em sumir...
Resta-nos a esperança de que Geia apareça e coloque uma pedra na boca de Cronos...
Quem sabe Zeus pode nos salvar?



Poemas Visuais_2



Não sei de quem é o poema acima... copiei, colei, inverti as cores e ele ficou bem mais interessante... Gosto do símbolo... e do tema...

domingo, 17 de outubro de 2010

Poemas visuais


"Cromossomos" Arnaldo Antunes

Está ai uma coisa que eu gosto muito: literatura.
Amo ler...tudo que me cai nas mãos ou nos olhos...hihihih
A tarefa dessa semana tem um sabor todo especial.
Falar sobre POESIA VISUAL e produzir poesia visual vai ser bem legal.
Trabalho com meus alunos poesia visual. Ele também gostam muito.
Vamos lá...mãos à obra.

P.S. Postei alguma coisa sobre esse assunto há algum tempo no meu blog pessoal.

Leitura...sempre a leitura


Interior com menina que lê, 1876-86
Henrique Bernardelli ( Brasil, 1858 – 1936)
óleo sobre tela, 95 cm x 73 cm
Museu de Arte de São Paulo

sábado, 16 de outubro de 2010

Objeto significativo 2:gafa, verre, óculos...


(imagem da net, fonte desconhecida)

Gafa, de origem incerta, refere-se mais exatamente à armação dos óculos. Designava também “peça de metal para fixar dois objetos”, “instrumento para armar a corda da besta”, “ganchos para içar material nas construções”. Já se vê que o nome designa artefatos para segurar coisas.

Verre quer dizer “vidro” em Francês; ocorreu aqui exatamente o mesmo que em Inglês, onde os óculos são chamados de glasses, “vidros”. No caso, o material acabou designando o objeto inteiro.

E “óculos” vem do Latim OCULUS, “olho”.

A explicação para essas diferenças é que, mesmo esses idiomas sendo de origem latina, não há obrigatoriedade de cada palavra se originar do mesmo termo em Latim. Aliás, nem mesmo que todos os termos venham do Latim, como quase certamente é o caso de gafas.

Muito interessante a pesquisa etimológica da palavra óculos... Rendeu!

sábado, 9 de outubro de 2010

Objeto significativo



esboço do objeto significativo... desenhos avulsos



possibilidades de composição 01
(com os desenhos mesclados)




possibilidades de composição 02
(descobri que os desenhos deveriam ficar separados...que pena!)

"O olhar é sempre virtualmente louco:
é ao mesmo tempo efeito da loucura."
Roland Barthes



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Mapa 70 Millions (em processo 02)

O Mapa Conceitual a ser elaborado a partir do vídeo "70 Millions" da banda Hold Your Horses está em processo de construção...
Quem tiver vontade ou tempo disponível para isso pode ir acompanhando os progressos no lik abaixo:
Tempo e Desenvolvimento na História da Arte

domingo, 3 de outubro de 2010

Tempo...

"Jardim de Infância" Lia Manna Barreto

Olá, professora Maria Helena!

Quero agradecer as palavras de carinho e incentivo que tens dedicado a todas nós, estudantes de Artes Visuais. Tenho convicção de que são esses pequenos gestos que nos estimulam e fazem prosseguir apesar de todos os percalços.

Difícil responder ao questionamento sobre o tempo que levei para fazer essa leitura. Tudo na vida demanda tempo... muito tempo.

Penso no tempo “relógio” e poderia dizer que foram duas semanas...

Penso no tempo “psicológico” e poderia dizer que desde eu vi a imagem não parei de pensar nela...

Penso no tempo “relativo”, aquele do Einsten, e posso dizer que quando fazemos uma coisa que realmente gostamos e estamos profundamente interessados e envolvidos arrumamos tempo onde antes não existia, e que esse mesmo tempo dedicado a alguma tarefa pouco motivadora pode parecer um dos círculos infernais de Dante.

Penso também no tempo que “escolhemos”, ou que nos escolhe, como preferir, e nesse momento, penso nas minhas colegas que, assim como eu, têm que fazer escolhas de tempo nem sempre justas: dar atenção a um filho que chora ou fazer a atividade da semana de Gestão? Fazer um bolo para esperar uma amiga que precisa de um ombro amigo ou terminar o CMaps? Tomar um chimarrão com o marido que está se sentindo abandonado ou participar de um fórum sobre Objetos de Aprendizagem? Ajudar a colega do curso nas madrugadas no MSN ou dormir uma hora a mais que vai fazer falta amanhã quando estiver trabalhando? Ir a Sala dos Pomares ver a exposição “Silêncios e Sussurros” ou analisar as imagens digitais de ACAI? Terminar de ler um livro ou conversar no telefone com o sobrinho que não vemos há meses? Escrever esse texto e enviar ao fórum ou passar batido e fazer outras tarefas sempre urgentes e importantes? Falar ou silenciar... Escolhas difíceis... Necessárias, mas sempre difíceis.

lembro que o primeiro texto do curso foi sobre "como administrar o tempo". Sei que nós fazemos nossas escolhas, sei que priorizamos algumas coisas que nesse momento parecem mais importantes para nossas vidas, mas algumas vezes essas escolhas me parecem injustas...

“(...)Vivemos um tempo de gestos avulsos e de uma solidão que nos é servida sempre.

Vivemos um tempo de cálculo, de facas e agendas.

Vivemos um tempo onde não há mais tempo para além da urgência.

O que há de humano em nós, o que sobrevive, dói. (...)” M.R.

Namastê

Sônia Maris

sábado, 2 de outubro de 2010

"Silêncios e Sussuros"

Tarde fria em Porto Alegre. Lugar comum...
Tarde gelada em Viamão.
Nosso clima condiciona nosso espírito... "Silêncios e Sussoros".
Amo os dias frios, chuvosos ou com neblina... trazem um silêncio, uma tranquilidade serena.
Estamos em um lugar espetacular. Aqui só ouvimos o canto dos pássaros e o vento passando pelos eucaliptos... Dentro e fora do prédio, grande, espaçoso, iluminado. Iluminada foi a artista que criou esse espaço, lugar de guarida de tantas obras de arte: Vera Chaves Barcellos. Fundação Vera Chaves Barcellos.
Abaixo uma pequena mostra do que pode ser encontrado nesse lugar mágico.
Essa exposição fica até o final do mês de outubro.


Kunst bar...


Leitura da imagem: Puberty, Edvard Munch


Edvard Munch. Puberty. 1894. Oil on canvas. 151.5 x 110 cm.
Nasjonalgalleriet, Oslo, Norway.

Leitura da Imagem segundo Feldmann

Descrição da obra:

A obra apresenta uma figura humana com longos cabelos, com as mãos cruzadas sobre os joelhos, em um ambiente interno, sobre uma superfíce branca-azulada que cobre um móvel escuro. A parede é amarelo-ocre. As pinceladas são aparentes e nas cores amarelo-ocre, castanhos, branco com nuances de azul.

Análise formal:

A figura humana nua apresentada na imagem ocupa o primeiro plano da tela, numa composição de cores claras que variam do amarelo claro, passando pelo amarelo Nápoles chegando muito próximo do branco, dando luminosidade à imagem. A figura humana está centralizada e apoiada sobre o móvel, que parece ser uma cama, com os braços para frente do corpo, cruzando-se a altura do sexo e as mãos postadas à altura dos joelhos, uma sobre a perna direita e outra pelo lado de dentro do joelho esquerdo. As pernas encontram-se juntas e levemente dobradas, os pés também juntos estão virados para frente, sendo que o pé direito está cobrindo levemente parte do pé esquerdo. A figura é magra, com braços finos e compridos em relação ao corpo, os ombros estão arqueados, um completamente visível e outro coberto levemente por alguns fios dos cabelos longos, escorridos e desalinhados. No rosto o que chama a atenção são os olhos abertos e escuros, além da coloração amarelada nos mesmos tons da parede.

A luz do ambiente incide da esquerda para a direita. Podemos observar isso pelas sombras que são visíveis no pescoço, na perna e nos braços da figura humana.

A seguir podemos observar que a imagem se divide em três faixas horizontais bem demarcadas:

Na parte de baixo da imagem uma faixa escura delimita a linha do chão, num castanho-escuro, e logo acima no móvel, em tons também castanhos, porém levemente avermelhados.

Na parte superior da imagem vemos parte de uma parede amarelo ocre, com alguns pontos escuros avermelhados e castanhos escuros. Além disso, uma mancha escura, grande e inclinada, que se projeta a partir da figura humana, em direção a parte superior direita da imagem, chama a atenção.

Cortando esses dois espaços, aproximadamente ao meio da imagem, temos uma faixa clara, branco-azulada, provavelmente os lençóis de uma cama, que atravessa toda a tela, dividindo os dois espaços: chão e parede. Nas bordas do fundo dessa faixa branca também aparecem sombras enegrecidas castanho escuro.

A mancha escura que se projeta a partir da figura humana em direção ao fundo da imagem, produz um contraste com a claridade da figura humana. As pinceladas marcadas e sobrepostas são tortas, disformes, contorcidas e formam um volume que desequilibra o restante da imagem.

Interpretação:

A partir da observação dos elementos visíveis na imagem podemos chegar a algumas hipóteses sobre a mesma. A nudez da figura humana associada à posição dos braços, mãos e pés, leva-nos a pensar em uma adolescente que ao mesmo tempo em que se mostra, através de sua nudez, no desabrochar da juventude, esconde seu sexo, numa atitude de certo pudor. A jovem, em sua magreza e claridade, no desalinho dos cabelos, no vacilar entre sair ou não da “cama”, cuja brancura pode representar sua pureza, parece ainda não estar pronta para a nova etapa, embora os olhos bastante abertos e escuros demonstrem que ela deseja isso.

As três faixas marcadas da horizontal podendo representar as etapas da vida: infância, adolescência e vida adulta, ou talvez, nascimento, vida e morte. Sendo que a jovem se equilibra muito precariamente sobre a faixa branca (infância) e já ensaia um passo na faixa escura (adolescência), com todos os seus mistérios e possibilidades, um mundo a ser desvendado, descoberto, amedrontador.

A grande mancha escura que se projeta a partir da jovem chama mais a atenção do que todo o restante da imagem, e pode representar a presença inexorável da morte, que nos acompanha desde o nascimento e que vai ficando cada vez mais próxima a cada dia que vivemos.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vera Chaves Barcellos







“Vera Chaves Barcellos apresenta nesta exposição cerca de 86 imagens criadas a partir de fotografias feitas na praia de Ubu, no Espírito Santo, em 2006. A artista fotografou fachadas de casas que lhe chamaram a atenção devido à mistura de materiais utilizados em sua construção, e que eram, na sua maioria, de resultados esteticamente bastante discutíveis. Fez isso por mera curiosidade, mas ao examinar o resultado do conjunto das fotos, ocorreu-lhe fazer mais imagens das casas misturando umas com outras, uma idéia certamente sugerida pelas próprias casas originais. O resultado surpreende, pois não se distinguem muitas vezes as originais daquelas que foram forjadas através da manipulação das imagens.”

Por que Vera Chaves Barcellos? Por que ela é uma artista fantástica. Precisa dizer mais? Direi. Criou uma Fundação, FVCB, incrível que “acolhe”, divulga e incentiva a produção de arte contemporânea de forma muito criteriosa, parte em Porto Alegre (acervo documental) e parte na Sala dos Pomares, um espaço de exposições maravilhoso, em Viamão, região metropolitana de Porto Alegre (praticamente, minha vizinha).

Quem quiser ver o que estou falando assista ao vídeo na Sala dos Pomares.

Melhor ainda, entre no site da Fundação.

A produção artística da Vera é muito extensa e variada. O trabalho que escolhi para apresentar a artista não é novo, é de 2006, por coincidência o mesmo ano das obras da Rosangela Rennó. Trata-se de fotos de fachadas de casas que foram manipuladas, alteradas, chegando a composições completamente diferentes das originais, tornando as mesmas quase irreconhecíveis. Quanto a nós, observadores, não sabemos ao certo qual a imagem original, qual a manipulada, tanto que causam certo estranhamento quando descobertas.Interessante. Curioso.

Rosangela Rennó

A Última Foto

Thiago Barros, Icarette
Fotografia em cor e câmera fotográfica Icarette 502 emolduradas (díptico)
Dim: foto 42,8 x 33,9 x 23,4 cm / câmera 28,9 x 18,9 x 23,4 cm

2006

Sobre a obra: “Convidei 43 fotógrafos profissionais para fotografar o Cristo Redentor usando câmeras mecânicas de diversos formatos, das câmeras de chapa 9x12 cm, do início do século 20, até as câmeras reflex, para filme 35mm, da década de 80, que colecionei ao longo dos últimos 15 anos. As câmeras, usadas pela última vez, foram lacradas. As fotos foram editadas por mim e seus autores. O projeto A última foto é constituído por 43 dípticos, compostos pelas câmeras e a última foto registrada por elas.” Rosângela Rennó

Essa obra é interessante por vários motivos. São mais de 40 imagens, exibo apenas uma. Quem quiser pode acessar todas nos links abaixo. O que me chamou a atenção nesse trabalho da artista foi a temática da morte, morte simbólica, da câmera fotográfica. A questão do "fim", da "última cena", do "último registro", da"última foto"... Uma máquina que é aposentada, que deixa de cumprir o papel que lhe é intrínseco. E como deixar de existir, não ter mais função... O olhar do artista convidado sobre o Cristo se junta ao olhar de Rosângela, e juntos, trabalham a fotografia... Como? Boa pergunta... Parece ter um trabalho de manipulação de imagem, de saturação da cor e de edição de imagem. Não sei ao certo, precisava verificar de perto, ao vivo.

Fotos no site http://www.rosangelarenno.com.br/obras/exibir/21/1a

PDF para download das fotos http://www.galeriavermelho.com.br/sites/default/files/artistas/pdf_portfolio/RENN%C3%93_2006_2010.pdf

29ª Bienal da São Paulo as obras



"Feijão com Arroz" Anna Maria Maiolino

"A 29ª edição da Bienal Internacional de Arte de São Paulo, aberta ao público desde 25 de setembro, vai expor cerca de 850 obras, de 159 artistas até o dia 12 de dezembro de 2010, no Pavilhão do Ibirapuera. O título desta edição foi tirado de um verso da obra “Invenção de Orfeu” (1952), do poeta Jorge de Lima: “Há sempre um copo de mar para um homem navegar”. A mostra conta com a participação de artistas de dezenas de países e discute nesta edição a relação entre a Arte e a Política."

Matéria completa som belas imagens no Cenas da Bienal de Artes de São Paulo.

domingo, 26 de setembro de 2010

29ª Bienal da São Paulo




"A Origem do terceiro Mundo" Henrique Oliveira
(o artista da Casa Monstro na 7ª Bienal do Mercosul.
Lembram dele?Não!
Então deem uma olhada no texto Porto Alegre é Monstruosa?) )




"Bandeira Branca" Nuno Ramos



"Bandeira Branca" com a pixação
Vamos à Bienal!!!
Motivação não nos falta.
Polêmicas, menos ainda.
Já antes da inauguração prometia.
Nuno Ramos teve sua obra, "Bandeira Branca", carimbada...
Vejam as imagens e a reportagem na íntegra no Último Segundo
A Bienal abre espaço para a pichação...vai dar o que falar.
Já a obra "A origem do terceiro Mundo" de HenriqueOliveira deve dar o que falar, até por que sua inspiração é a não menos polêmica "A Origem do Mundo" do Gustav Courbet.

sábado, 18 de setembro de 2010

Para apreciar a obra de Arte

“Não vês que o olho abraça a beleza do mundo inteiro? (...) É a janela do corpo humano, por onde a alma especula e frui a beleza do mundo, aceitando a prisão do corpo que, sem esse poder, seria um tormento (...) Ó admirável necessidade! Quem acreditaria que um espaço tão reduzido seria capaz de absorver as imagens do universo? (...) O espírito do pintor deve fazer-se semelhante a um espelho que adota a cor do que olha e se enche de tantas imagens quantas coisas tiver diante de si.”

Leonardo da Vinci

Mapa 70 Millions (em processo 01)

Gosto muito de fazer mapas conceituais.
Acredito que é uma forma dinâmica e divertida de estudar e aprender.
Já fiz vários e a cada novo mapa aprendo não apenas os conceitos, os conteúdos mas uma nova maneira de criar o mapa. As ferramentas são muitas.
O novo Mapa que estamos cosntruindo para disicplina Seminário Integrador 4 é "70 Millions", feita a partir da leitura de um vídeo da balda Hold Your Horses chamada "70 Millions". O vídeo é uma montagem muito divertida com paródias de obras de arte.
O Mapa deverá refletir, ao final de sua construção, duas linhas, uma temporal e outra conceitual, além das transformações ocorridas na história e na arte, e as características de cada período. Muito bom!
Deixo uma pequena mostra de como vai meu processo de criação, e para os que quiserem ver o Mapa um pouco maior podem acessar o site do IHMC Publics Maps, mas lembrem que ele está em processo de construção.



terça-feira, 14 de setembro de 2010

A morte chega cedo

Colega, querida!
Não há palavras que sirvam de consolo nessa hora de dor.
Sinto profundamente sua perda. Conte comigo. Sônia Maris

A morte chega cedo

A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.

E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Retratos encenados

Lembrei muito do trabalho da banda Hold Yours Horses quando soube dos "Retratos encenados" de Bob Wilson, uma das grandes atrações do Porto Alegre em Cena desse ano. Ele inclusive amplia o conceito de paródia para outras artes além das visuais: cinema, teatro, música e fotografia
Essa é uma excelente oportunidade de ver a "aclamada exposição Video Portraits, do multiartista Robert Wilson, conhecido por suas técnicas de iluminação e cenários no teatro americano, é composta por retratos filmados em alta resolução de celebridades como Isabella Rosselini e Jonhy Deep, que posaram quase imóveis para as câmeras da Voom HD Network. Trata-se de um encontro entre fotografia, filme, literatura e som, uma linguagem de movimentos mínimos, gestos coreografados e coordenação precisa." Mais detalhes no
POA EM CENA.
Para conferir um dos trabalhos feitos com a atriz Winona Ryder assista o vídeo abaixo:

sábado, 21 de agosto de 2010

Paródias da Arte

Esse semestre começou com uma atividade bastante interessante e criativa no Seminário Integrador 4.
A proposta era a partir de um clipe (assistir em http://www.youtube.com/watch?v=erbd9cZpxps&feature=player_embedded ) da banda Hold Your Horses identificar as obras de Arte parodiadas que apareciam e dizer o autor, nome da obra e ano... Bacana! Segue abaixo minhas descobertas. Divirtam-se.


Para publicar esse vídeo no blog, utilizei o MovieMaker, mas a edição foi feita primeiramente em PowerPoint e só depois transformada em vídeo. Ficou um pouco pesado...acho que a outra forma, via EM. Power Converter, era mais leve...Vamos ver... Isso sem falar que faltou a música...(Dicas em http://info.abril.com.br/dicas/video/movie-maker-da-uma-mao-ao-powerpoint.shtml )

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

reflexão de volta às aulas

Foram apenas duas semanas de folga... Não deu tempo para praticamente nada.
Descansei um pouco, li algumas coisas que estavam em processo, ajeitei meu blog, consertei meu mapa conceitual, fiz algumas caminhadas, tomei muito chimarrão... Depois um gripão me derrubou. Fim de férias.
Recomeçamos as aulas e nada dos feedbacks das tutoras... Será que é isso é normal?
Temos disciplinas abertas do primeiro semestre ainda... Mistérios.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Avaliação Final: Percepção e Representação


Ao começar a disciplina de “Percepção e Representação”, pude entender que a representação que temos do mundo não é uma cópia fiel do mundo, mas uma representação desse mundo. Entendi que desde a pré-história até os dias de hoje a figura humana é representada, e em cada época ela foi realizada de uma forma diferente, evidenciando uma construção cultural. Ao estudarmos com um olhar mais atendo a figura humana a partir da Arte Egípcia, Renascentista e Contemporânea foi possível confirmarmos essas diferenças e o quanto o contexto contribui para isso.

Entre os elementos gráficos explorados e manuseados durante as produções gráfico-plásticas das nossas figuras humanas, a partir desses diferentes contextos, saliento a linha, a forma e a composição como os mais significativos para o meu processo de pensar e elaborar os trabalhos. Particularmente, achei a aula presencial com o desenho da figura humana a partir de um modelo vivo o momento mais prazeroso dessa disciplina. Nessa aula, trabalhamos de forma prática a linha e o contorno, o que nos possibilitou a experimentação de olhar uma forma tridimensional e transformá-la em uma forma bidimensional a partir do desenho cego, depois do desenho com minutos contados, ampliando esse tempo até que conseguíssemos tornar nosso olhar aguçado o suficiente para em uma breve olhada, captar a essência da figura. Realmente, muito bom.
As atividades realizadas a partir da Arte Contemporânea também tiveram um grande impacto sobre todos nós. A desconstrução das formas e a remontagem a partir de uma outra lógica deixou-nos a princípio perplexas, mas depois bastante satisfeitas com os resultados. Essa exploração das formas evidenciando diferentes composições foi muito rica e pudemos aprofundar alguns elementos estudados em Fundamentos da Arte, agora a partir da figura humana. A exploração e o aperfeiçoamento da linha foi, para mim, a parte mais importante dessa disciplina. Ficamos com vontade de desenhar mais e melhor.

Cada trabalho realizado trouxe uma nova aprendizagem. Durante a execução da primeira atividade: os retratos, realizados a partir da observação, pude explorar a linha, de maneira que representasse, de forma o mais fiel possível, a pessoa retratada. Nesse trabalho não consegui manter a mesma pressão no lápis: comecei com o traço mais leve e aos poucos, creio que por cansaço ou falta de prática mesmo, fui forçando mais o lápis e o desenho ficou mais marcado, pesado. Era para se apenas o contorno e eu me excedi, traçando mais linhas do que deveria. Penso que se desenhasse mais vezes, talvez o traço fosse mais leve e natural, como no primeiro desenho.

Na segunda atividade, que deveria trazer uma figura humana com fundo, procurei explorar mais a composição, para dar uma idéia da personalidade do retratado através do desenho, coloquei no desenho coisas que ele gosta: pesca, barcos, chimarrão, mar... A composição dos elementos que compõem a cena ficou interessante, creio que equilibrada, sendo que a figura humana ocupa a metade esquerda como que em oposição à metade direita onde ficou o barco e o mar, separados apenas pela linha perpendicular que atravessa a imagem da esquerda para a direita de forma descendente. Terra e mar assim se separam na imagem final em dois grandes triângulos invertidos.

No trabalho de figura humana repetida, com o uso da técnica de frottage, a exploração da cor e da forma foi mais acentuada. Tentei criar uma ilusão de movimento a partir da gradação das cores, do claro para o escuro, indo do amarelo claro do último plano ao preto do primeiro plano. Essa imagem que se aproxima inicia amarelo claro, indefinição, fluidez, incerteza, na parte superior direita da folha e desce até a esquerda inferior, chegando ao preto, black-out, negação, ausência. Formas retas, geométricas, triangulares, duras... A idéia era mostrar o ser humano e suas arestas, defendendo-se do mundo ou dele mesmo, sei lá.

Os trabalhos dedicados à arte contemporânea foram calcados na técnica de mista, colagem, desenho e pintura. Neles o principal elemento foi a composição. Mostram de diferentes formas a fragmentação, o esfacelamento do ser humano, diante de um mundo que, ao mesmo tempo em que se mostra caótico, cheio de cobranças e urgências, também aponta uma saída: a arte – como forma de expressão, como forma de materialização de uma consciência, como forma de viver. Nós, seres humanos que somos, aprisionados, enquadrados, rotulados, etiquetados, classificados e, muitas vezes, despojados de singularidade, tentando de alguma forma falar, respirar, amar, viver... Difícil, sim, muito. Impossível, não.

Mapa Conceitual - Objeto de Aprendizagem "Ler é Arte" (em processo 02)

Essa é uma atualização do Mapa Conceitual do Objeto de Aprendizagem "Ler é Arte".
Não creio que para o entendimento do Mapa houvesse necessidade de incluir imagens, porém, como algumas colegas questionaram se não ficaria mais interessante do ponto de vista visual, eis, que incluo algumas imagens "ocultas" nos "nós"(esse recuroso é bem útil para ocultar informações extras), a título de "colorir' um pouco meu mapa tão pálido. Espero que apreciem... Penso em incluir outras imagens, porém aviso que não quero poluição visual demais.

domingo, 18 de julho de 2010

TVE Escola e as Artes Visuais

"Le Ferrou" Jean-Honoré Fragnard - 1778

Museu do Louvre- Paris

Essa dica é para todos os professores de Artes Visuais: O site da TVESCOLA disponibiliza vídeos de diferentes áreas e entre elas as Artes Visuais. Entrem no site, façam seu cadastro que é bem rápido e escolham os filmes para trabalhar com seus alunos. Recomendo especialmente a Série Pallete", ou Paletas, como preferirem, que analisa obras de arte a partir de seus elementos plásticos com uma belíssima contextualização histórica e social. Esses vídeos podem ser considerados execelentes Objetos de Aprendizagem.

Site

http://tvescola.mec.gov.br/index.php?Itemid=98&option=com_zoo&view=category&category_id=0&page=2

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sábado no Instituto de Artes

Sábado foi um dia encantador...
Tivemos uma aula de desenho da figura humana a partir de modelo vivo com a professora Laura Castilhos, no Instituto de Artes da UFRGS. A professora é a gentileza em pessoa e deixou-nos muito à vontade. O espaço é bacana, amplo, iluminado, transpira arte. Pena que não possamos utilizá-lo com mais frequência.
As colegas tiraram várias fotos que estão postadas em seus blogs, orkuts, faceboobks, Moodle...
Eu selecionei uma foto apenas que demonstra o ambiente descontraído que se criou...
Espero ter outros momentos como esse.
Parabéns à inciativa da professora Laura.


Meire, eu e nossa mais recente amiga...

Mapa Conceitual (tutorial bacana)

Essa dica é para aqueles que, em função da muitas atividades diárias, esqueceram como utilizar o CMaps Tools. Um tutorial do YouTube bem bacana...

Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=9W_lo8-TszI

Bom proveito pessoal!

Abraços, Sônia Maris

terça-feira, 29 de junho de 2010

A escola como espaço sociocultural (em processo 1)

Reflexão crítica do grupo Cavalete (eliana, roseli, rossele e sonia maris) em processo

O artigo "A escola como espaço sociocultural", do professor do Núcleo de Estudos de Educação, Cultura e Sociedade da FaE-UeFMG, Juarez Dayrell, que faz parte do livro Multiplos Olhares sobre Educação e Cultura, de 1996, traz para discussão um tema que nos é muito caro: a educação.
Para pensarmos a educação hoje, devemos compreender a história social, política e cultural dos sujeitos envolvidos nesse processo. E é isso que o artigo em questão traz, a partir da análise de uma escola específica, um mapeamento de um universo que, apesar de reportar-se a uma escola dos anos 90, quase vinte anos atrás, nos parece bastante próximo. O autor, ao caracterizar sua fonte de pesquisa, a escola, os alunos e os professores, parece estar olhando para dentro de nossas escolas, hoje.
O autor ao perguntar quem são os sujeitos da educação, revela um olhar atento às relações entre esses sujeito. Relação nem sempre tranquila, muitas vezes bastante antagônica, onde os conflitos surgem como consequência de uma estrutura institucional que limita ao invés de ampliar. Nas palavraras do próprio autor "falar da escola como espaço sociocultural implica, assim, resgatar o papel dos sujeitos na trama social que a constitui, enquanto instituição." A escola, ao tratar como iguais aqueles que são, cultural e socialmente, diferentes, ao invés de promover a inclusão, acaba por excluir de uma forma muito cruel. (...)

domingo, 27 de junho de 2010

Objeto de Aprendizagem (em processo 2)


Olá, pessoal!

A princípio pode parecer loucura, mas estou tentando compreender o Objeto de Aprendizagem. Até o presente momento estava na pesquisa, são muitas informações e caminhos possíveis a seguir... Temos muito material disponível para ser (re)utilizado através dos espaços que nos disponibilizaram (CINTED, RIVED...).

A questão que eu coloco nesse momento é como selecionar o que utilizar adequando ao nosso aluno, a sua faixa etária, aos desejos apreendidos pelas suas narrativas, ao período pretendido a se trabalhar (arte contemporânea)? Pensei em como disponibilizar/propor tudo isso, sem que se perca o foco?

Pensei na provocação da professora Umbelina "O que vamos rebater, tecer, articular, indicar, apontar, desequilibrar, enfatizar, ordenar e enfim liberar na construção de um objeto de aprendizagem orientado para um futuro por ser tecido pelo presente?"

E foi a partir dessa fala e das colegas Neusa "se as mídias estão presentes na dinâmica sociedade que estamos inseridos...esta abordagem realmente deve merecer nossa reflexão e além disso nosso "preparo" como mediadores) e Lisiane Berti "Não podemos fugir dos objetos da contemporaneidade. O cinema, a música, a televisão, a internet e todas as inovações quase diárias" que cheguei a seguinte questão:

Por que não articular todo esse material através do que os alunos mais gostam de fazer na atualidade: usar as tecnologias de informação (orkut, MSN, YouTube, facebook, games, blogs)? Isso mesmo, usar a internet como fonte de pesquisa e construção do conhecimento em Artes Visuais. Para isso, pensei em (re)organizar um dos meus blogs (Projeto Ler é Arte). Já havia um começo de articulação entre as diferentes Artes nesse espaço, porém ainda sem um foco muito definido. Penso que agora, explicitando o seu uso como Objeto de Aprendizagem, ele possa crescer e auxiliar na construção do aprendizado em Artes Visuais. Uma das vantagem que vejo no uso desse espaço como Objeto de Aprendizagem é a comunicação direta, os alunos podem criar seus próprios espaços a partir dali, criando uma rede de blogs que dialogam sobre a Arte.
O melhor de tudo isso é que o blog pode ser além de muito prazeroso e divertido uma fonte de informação riquíssima com links, fotos, vídeos, tutoriais, dicas diversas, fóruns, fotografias, desenhos... Um espaço aberto, que ao mesmo tempo que está ancorado no presente, é uma possibilidade para o futuro e pode ir se atualizando constantemente.


A ideia está amadurecendo... Gostaria de saber se é possível e de sugestões. Podem acessar o blog e até criticar, sugerir, coolaborar... http://projetolerearte.blogspot.com/


Comentário da Profª Umbelina:

"Olá, Sonia Maris!

O caminho é esse e tua compreensão está correta, inclusive muitos professores se utilizam de espaços semelhantes para construir um "microuniverso" que possa corresponder a necessidade de ampliação do professor, que está constantemente a ser gerada pelas expectativas de seus alunos.

Considero que a tua organização/coleção corresponde ao que se esperaria de uma "biblioteca" de um professor muito aplicado e que sabe que precisa sempre pesquisar e inovar.

Sugiro que continues a tua elaboração, pois ela certamente será a geradora de um excelente Trabalho de Conclusão de Curso, entretanto, o que estamos trabalhando agora é um pequeno "recorte" disso, mas, talvez já seja interessante que possa funcionar como uma célula deste "microuniverso" que estás criando.

Então, com o título "Ler é arte" faça uma escolha que seja significativa, tanto em relação a este microuniverso que está sendo gerado por ti, como para a motivação que já geraste em tua turma e que foi relatada na narrativa "Em minha sala de aula".

O mais importante neste momento é compreenderes e conseguires fazer um recorte que possa também ser utilizado por um outro professor em sua sala de aula, mas, como uma célula a ser articulada a outras células não definidas por ti e que poderão conter outras questões relacionadas a leitura ou a arte ou mesmo a leitura como arte ou a arte da leitura, enfim o trabalho é agora estritamente elementar, pois o que temos que nos apropriar é desta "célula inicial" que define justamente o que é um objeto de aprendizagem.

Quero que compreendas o que estou te dizendo em um sentido muito positivo, pois o teu blog contém, e em profusão, muitos "objetos de aprendizagem", pois ele está construído como um "repositório" de objetos de aprendizagem ordenado por um professor que privilegia a leitura/arte.

É certo que desta "coleção ordenada" sairá um TCC (final do curso) excelente e também é certo que desta mesma coleção poderás elaborar uma parcela "mínima e completa" para a atividade solicitada nesta etapa.

Parabéns!"

sábado, 26 de junho de 2010

Fronteiras Digitais 1

Contribuição para que possamos refletir a respeito de nossas práticas educacionais, esse vídeo nos mostra um pouco do que vivem hoje boa parte dos alunos, dos professores, das escolas e da sociedade como um todo. Espero que gostem.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Objeto de Aprendizagem

Estamos elaborando um projeto para a utilização de Objetos de Aprendizagem (OA) para utilização nas aulas de Artes Visuais. Não tenho muita certeza de que Objeto vou utilizar. Tenho algumas ideias mas por enquanto nada confirmado. Também não sei se ele será criado por mim ou será feito a partir de um "projeto" meu e uma elaboração em parceria com outros profissionais...Tudo ainda é meio incerto. Em processo...


Um dos instrumentos disponibilizados é uma apresentação em PowerPoint da criadora do conceito, professora da UFRGS, Liane Tarouco, que trata mais especificamente da questão da avaliação dos OA.
Disponível em< http://penta2.ufrgs.br/edu/objetosaprendizagem/sld001.htm> acesso em 25/06/10.

sábado, 19 de junho de 2010

Para pensar

“Cada vez que ensinamos algo a uma criança
estamos impedindo que ela descubra por si mesmo,
por outro lado, aquilo que permitimos que ela descubra por si mesmo permanecerá com ela.” Jean Piaget

Objetos de Aprendizagem

http://www.cinted.ufrgs.br/CESTA/cestadescr.html

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/


"A expressão objetos de aprendizagem pode ser entendida como recursos digitais que apresentam atividades multimídia, interativa, na forma de animações e simulações. São configurados como blocos de conteúdo educacional que podem apresentar uma certa independência, mas isso não pressupõe que não possam ser articulados a outros objetos. Esta configuração contribui, quando inserida numa proposta pedagógica, para romper com a idéia de construção de conhecimento numa perspectiva linear."

Dicas da colega Lauralice de sites sobre Objetos Educacionais. Valeu Laura!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Senso comum

“Precisamos estar atentos para o fato de que no dia-a-dia da escola repetimos discursos e práticas que, longe de questionar os modelos dominantes, representam um reforço deles”.
Selecionei esse fragmento do texto do professor Gadin para tentar entender melhor a questão do senso comum na educação.
Acompanhem meu raciocínio:
Quantas vezes acabamos fazendo e dizendo o mesmo que “todo mundo” para evitar chamar a atenção para nós mesmos?
Quantas vezes aceitamos determinações que nos parecem injustas para evitar o confronto?
Quantas vezes nos escondemos e não dizemos o que realmente pensamos por medo, insegurança ou até para não sermos rotulados de “reclamões”?
Quantas vezes deixamos uma pergunta sem resposta?
Quantas vezes gostaríamos de perguntar e nos calamos?
Quantas vezes fazemos de conta que estamos de acordo, mas no fundo pensamos o contrário?
Quantas vezes nosso discurso vai num sentido e nossa ação no sentido contrário?
Será que nos damos conta de que talvez estejamos fazendo exatamente aquilo que tanto criticamos?
Não tenho as respostas, só suspeitas...
Namastê
Sônia Maris