Entre os muitos desafios do(a) professor(a) de Artes Visuais está o da inclusão de todos. A mudança na educação está, como sempre, nas mãos do(a) professor(a). Somente professores capacitados, cientes de seu papel e do papel da escola, podem fazer da diversidade uma grande oportunidade para se trabalhar com temas como “ética, direitos humanos, diversidade, participação política e paz”.
Quando damos oportunidade a todos os alunos para se expressar e criar, eles mesmos nos mostram que são capazes de vencer grandes desafios. Muitas vezes, me parece, a escola acaba privilegiando a aquisição dos conhecimentos (cognitivos) em detrimento do desenvolvimento afetivo e social, perdendo a chance de estimular a formação integral do ser humano com mais arte e a cultura. Equilíbrio é o caminho mais acertado.
Penso em quanto os alunos se envolvem quando estão diante de desafios, de projetos cooperativos que envolvem toda a escola, de aprendizagens realmente significativas para eles, que faz com eles sintam-se pertencer à turma, à escola, ao bairro, à cidade com experiências que fazem parte de suas vidas. Arte em todas as suas manifestações: música, pintura, escultura, desenhos, grafites, teatro, dança, quando produzida pelos próprios alunos, gera uma integração e uma significação que rompe com todas as barreiras. Cada um no seu tempo, com suas capacidades, valorizado e estimulado por todos a mostrar seu trabalho e a se mostrar. Todos temos medo de errar, isso faz parte, infelizmente, de nossa criação. Temos que aprender que errar faz parte do processo e que isso gera crescimento. Aprender e ensinar isso a nossos alunos. Apoiar as suas descobertas e construções e orientá-los.
Gostaria que tivéssemos mais espaços de interação e trabalho lúdico e artístico nos espaços escolares, pois isso contribuiria para a quebra de estereótipos e preconceitos, entre os alunos e também entre os professores. Enquanto isso ainda é um sonho distante para muitos, para nós, professores de artes, já está muito mais próximo. Subvertemos a ordem estabelecida nas escolas com muita freqüência e isso traz vida para a escola. Somos, professores de artes, um sopro de ar fresco numa instituição que, infelizmente, geralmente, cheira a mofo.
Referências bibliográficas:
FERREIRA, Windyz Brazão. Educar na diversidade: práticas educacionais inclusivas na sala de aula regular. Disponível em http://moodle.regesd.tche.br/mod/resource/view.php?id=14089 Acesso em 03/04/2011.
Vídeo Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=ZXI1vNoRols Acesso em 03/04/2011.
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