Caixa de Pandora

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Eros e Psiquê



Eros e Psiquê - Antônio Canova
Museu do Louvre, Paris, França


É muito linda essa pequena escultura. E ao mesmo tempo tem uma força que transcende. Amor, beleza, suavidade, expressão...

Essa é minha escolha como representante da arte no neoclacissismo no Museu do Louvre - Paris.

Dados:

Modo de aquisição: Commissioned by Colonel John Campbell, 1787; purchased by Joachim Murat, 1801
Número de inventário: MR 1777
Localização: Department of Sculptures, Denon, ground floor, room 4
Fonte/Fotógrafo: Ricardo André Frantz
Eros e Psiquê
A figura de Psiquê foi abordada várias vezes por Canova, seja isoladamente, seja em conjunto com seu companheiro mitológico Eros.. Entre as mais celebrizadas está o grupo de Eros e Psiquê (1793) hoje no Museu do Louvre (uma segunda versão no Hermitage), que se afasta bastante dos modelos clássicos e também das representações correntes no século XVIII. A imagem fora encomendada pelo coronel John Campbell em 1787, e captura o momento em que Eros revive Psiquê com um beijo depois de ela ter absorvido a poção mágica que a lançara num sono eterno. Para Fleming & Honour este grupo é especialmente significativo porque oferece uma imagem ao mesmo tempo idealizada e humana do amor. E também porque as grandes superfícies e a espessura surpreendentemente fina das asas de Eros, os pontos de apoio estrutural sabiamente escolhidos, e o gracioso mas formalmente ousado entrelaçamento das formas corporais, cuja fluência e suavidade aparecem tão naturais, escondem na verdade uma notável proeza em termos técnicos e o profundo entendimento do artista das capacidades expressivas do corpo humano. Existe uma cópia no Museu Hermitage e o modelo em terracota também sobreviveu.

Antonio Canova (Possagno, 1 de Novembro de 1757 – Veneza – 13 de outubro de 1822) foi um desenhista, pintor, antiquário e arquiteto italiano, mas é mais lembrado como escultor, desenvolvendo uma carreira longa e produtiva. Seu estilo foi fortemente inspirado na arte da Grécia Antiga, suas obras foram comparadas por seus contemporâneos com a melhor produção da Antiguidade, e foi tido como o maior escultor europeu desde Benini, sendo celebrado por toda parte. Sua contribuição para a consolidação da arte neoclássica só se compara à do teórico Johann Joaquim Winckelmann e à do pintor Jacques-Louis David, mas não foi insensível à influência do Romantismo. Não teve discípulos regulares, mas influenciou a escultura de toda a Europa em sua geração, atraindo inclusive artistas dos Esados Unidos, permanecendo como uma referência ao longo de todo o século XIX especialmente entre os escultores do Academicismo. Com a ascensão da estética modernista caiu no esquecimento, mas sua posição prestigiosa foi restabelecida a partir de meados do século XX. Também manteve um continuado interesse na pesquisa arqueológica, foi um colecionador de antiguidades e esforçou-se por evitar que o acervo de arte italiana, antiga ou moderna, fosse disperso por outras coleções do mundo. Considerado por seus contemporâneos um modelo tanto de excelência artística como de conduta pessoal, desenvolveu importante atividade beneficente e de apoio aos jovens artistas. Foi Diretor da Accademia di San Luca em Roma e Inspetor-Geral de Antiguidades e Belas Artes dos estados papais, recebeu diversas condecorações e foi nobilitado pelo papa Pio VII com a outorga do título de Marquês de Ischia.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Canova

Nenhum comentário:

Postar um comentário